Incra paulista terá quinto superintendente em um ano
A rotatividade começou com a saída do ex-superintendente Raimundo Pires da Silva, em junho do ano passado, após a Operação Desfalque, da Polícia Federal, para apurar supostos desvios de recursos da reforma agrária. Na operação, que culminou com a prisão de dez pessoas, entre elas o líder sem-terra José Rainha Júnior, o então superintendente do Incra paulista foi conduzido coercitivamente à sede da Polícia Federal, na capital, para prestar depoimento.
A nomeação de Diniz, confirmada nesta segunda pela assessoria de comunicação do Incra em Brasília, desagradou dirigentes paulistas do Movimento dos Sem-Terra (MST). As lideranças do movimento no Estado preferiam a permanência do atual superintendente que, segundo os dirigentes, tem perfil mais técnico do que político. Por trás das preferências estaria a disputa pelo controle dos assentamentos principalmente no oeste paulista entre o MST e os grupos liderados por José Rainha. O líder sem-terra, que deixou a prisão apenas em março deste ano, esteve em Brasília em reunião como os ministros Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, e Pepe Vargas, do MDA, para defender a indicação de Diniz.