Ideli descarta novos reajustes para servidores em 2012
Segundo a ministra, não há condições de novos aumentos e, se as greves continuarem, vão gerar um impasse "sem eficiência e sem eficácia"
Questionada sobre as greves que já conturbam o serviço público - professores federais, funcionários do Itamaraty, do Ministério da Saúde e outros segmentos já paralisaram, além de outras categorias que podem aderir em breve -, Ideli disse que não há condições para novos aumentos. "Se as greves forem mantidas, vão gerar um impasse sem eficiência e sem eficácia. Não há possibilidade, principalmente em um momento de crise, de executar novas despesas não previstas", afirmou.
A ministra lembrou que uma Medida Provisória enviada no mês passado ao Congresso prevê reajustes para um milhão de servidores do Executivo. A maior parte das categorias, no entanto, não foi contemplada e as greves podem se alastrar.
O governo tem protelado as negociações o máximo possível. Em greve há 40 dias, os professores de 56 das 59 universidades federais foram recebidos uma única vez. A segunda rodada de negociações, marcada para o meio de junho, foi cancelada pelo Ministério do Planejamento. Os servidores do Itamaraty terão a primeira reunião nesta quinta-feira, depois de dez dias de decretada a greve.