Ex-chefe de gabinete de Agnelo vai falar, diz deputado
Desde o início da investigação parlamentar, a comissão convencionou dispensar os depoentes que tenham obtido habeas corpus sem fazer questionamentos. Parlamentares, contudo, querem mudar o rito, para que possam fazer perguntas aos depoentes. O presidente interino da CPI, porém, sinalizou que não deve colocar em votação a mudança no procedimento da comissão. A decisão sobre o assunto ficaria para a semana que vem.
Monteiro é citado em escutas telefônicas como suposto facilitador do esquema de Cachoeira no DF. Em entrevista à Agência Estado na semana passada, o advogado dele, Sandro Rogério Monteiro, negou todas as acusações feitas contra seu cliente e, mesmo com o habeas corpus obtido semana passada do ministro Cezar Peluso, disse que ele estava interessado em esclarecer a participação dele no caso.
O ex-chefe de gabinete pediu demissão do cargo no dia 10 de abril, depois que viera a público grampos da Polícia Federal em que o araponga Idalberto Matias, o Dadá, pede ao ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu que pague ao ex-chefe de gabinete propina para indicar uma pessoa do grupo para o cargo de diretor do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), estatal que cuida do lixo na capital. A Delta é detentora do contrato. A PF afirmou ainda que Monteiro teria recebido um aparelho Nextel do grupo de Cachoeira.
Por sua vez, Marcello Lopes, conhecido como Marcelão, teria conseguido a nomeação de um aliado de Cachoeira no Serviço de Limpeza Urbana da capital. Ele conseguiu um habeas corpus ontem da ministra Cármen Lúcia.
O último convocado a depor é o ex-subsecretário João Carlos Feitoza, suspeito de receber dinheiro do grupo de Cachoeira. Foi o ministro Marco Aurélio Mello que lhe concedeu ontem o salvo conduto.