Empresário contradiz Perillo sobre compra da casa
O governador tucano vinha informando ter recebido três cheques, que totalizavam R$ 1,4 milhão, pelo negócio. O comprador disse que pagou em dinheiro
O governador Perillo vinha informando ter recebido três cheques, que totalizavam R$ 1,4 milhão, pelo negócio. Os cheques pertenceriam a um parente de Carlinhos Cachoeira. A prisão do contraventor, em fevereiro deste ano, ocorreu nesse imóvel.
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Em seu depoimento à CPI, no entanto, o empresário disse ter pago o imóvel em dinheiro, em notas de R$ 50 e R$ 100. A transação foi intermediada por Lucio Fiuza, que se apresentou como representante do governador, e Wladimir Garcez, que teria atuado como corretor. "Reafirmo que em momento algum estive em contato com o governador para negociar o imóvel", disse o empresário, acrescentando que não tem o "hábito de trabalhar com cheques". O imóvel está registrado em nome da empresa Mestra, administrada pelo empresário.
O processo de compra começou em fevereiro de 2011, quando manifestou interesse pelo imóvel, mas o pagamento ocorreu em julho desse ano. Segundo ele, a pedido de Wladimir Garcez, a entrega da casa foi adiada e só ocorreu em março deste ano. Garcez é apontado pela Polícia Federal como braço direito de Cachoeira.
Depoimentos - Os membros da CPI do Cachoeira tentarão ouvir nesta sessão também outras duas testemunhas ligadas ao governador de Goiás. Ex-chefe de gabinete do governador Eliane Gonçalvez Pinheiro, também convocada, não compareceu à sessão por motivos de saúde. Restarão então Sejana Martins, proprietária da empresa Mestra Administrações e Participações, e e Écio Antônio Ribeiro, o único sócio remanescente da empresa. A Mestra consta, em cartório, como a proprietária da casa do governador.