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Dilma defende maior aproximação do Brasil com a África

12:32 | 22/06/2012
Em jantar com chefes de Estado da África, a presidente Dilma Rousseff disse na noite de ontem, quinta-feira, que países ainda enfrentam "infernos coloniais". No discurso de recepção no Palácio da Cidade, ela ressaltou que mantém a política do governo Lula de aproximação com os países africanos, mas reconheceu que as relações ainda são "insuficientes". "É preciso levar adiante um relacionamento absolutamente livre das práticas coloniais que infelicitaram o meu continente e o continente africano, e de todos os infernos coloniais que nós vivemos", afirmou.

O jantar oferecido pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) e pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), foi ideia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou da recepção e foi saudado por Dilma como "querido presidente" e "líder". No encontro, Dilma informou aos colegas africanos que participará em julho da Cúpula da União Africana, em Adis Abeba, e, em novembro, da Terceira Cúpula América, em Malabo.

Dilma ressaltou os projetos de intercâmbio do governo brasileiro com os países africanos nas áreas de agricultura e saúde, especialmente na produção de remédios de combate à Aids e vacinas contra malária. Ela disse que, além das ações de melhoria social, espera um aumento do comércio.

"Com seus 800 milhões de habitantes, seu rico e imenso território e sua riqueza natural, nós temos certeza que a África será um dos continentes que mais se desenvolverá ao longo do século XXI", afirmou. "Nós, que só olhávamos até então para a Europa e para os Estados Unidos, passamos a olhar e dirigir os nossos olhos e as nossas preocupações para a população africana, para os países da África e os países da nossa América Latina."

Ainda no discurso, Dilma disse que pretende avançar em intercâmbios em outros setores da economia, citando obras de infraestrutura. "E, por isso, estamos muito interessados em ter parcerias no sentido de criar rodovias, energia, enfim, todas as estruturas necessárias para o crescimento econômico", disse.

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