Depois de intervenção no Recife, PT prega união
Humberto Costa destacou que atendeu a um pedido do partido e que agora é o momento "de se esquecer as coisas desse processo". "Venho assumir essa candidatura como uma missão, vou com a missão de unir o partido. Vou procurar João da Costa porque quero ele na minha campanha", disse o senador, após participar da reunião do Diretório Nacional da sigla, na capital paulista.
O senador admitiu que deixar o Senado Federal não é uma tarefa simples, já que, segundo ele, cumpre um papel de sustentabilidade do governo. "Não deixo o Senado achando que isso não é relevante, é relevante sim. Mas vou deixar o Senado para fazer uma coisa maior", acrescentou. Ele afirmou ainda que pretende continuar cumprindo suas funções na Casa e no Conselho de Ética, onde é relator do processo que pede a cassação do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO, atualmente sem partido). "Não vou sair para a campanha antes de ter concluído este processo", avisou.
Falcão e Humberto Costa negaram que a intervenção da Executiva Nacional tenha sido uma condição imposta para o apoio do PSB à campanha de Fernando Haddad em São Paulo. "Em nenhum momento, o governador Eduardo Campos (presidente nacional do PSB) mencionou alguma cidade de Pernambuco (para apoiar Haddad em São Paulo)", disse Falcão. De acordo com o senador, o PT deve se aliar ao PSB no Recife. "No Recife, ele (Campos) tem todo interesse em manter a aliança."
O processo de escolha do candidato no Recife foi marcado por denúncias de irregularidades, em prévias realizadas entre o atual prefeito João da Costa e o secretário estadual de governo Maurício Rands (PSB), que abriu mão da disputa em favor de Humberto Costa.