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CPI de GO pede quebra de sigilos do prefeito de Goiânia

19:12 | 26/06/2012
A CPI da Assembleia Legislativa de Goiás, que investiga possível envolvimento das autoridades e políticos goianos com esquema de jogos ilegais de Carlinhos Cachoeira, pediu nesta terça a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT) e do ex-prefeito Iris Rezende (PMDB). Paulo Garcia foi vice e depois sucedeu Iris no governo, e é candidato à reeleição em outubro. E o pedido foi feito pelos deputados Túlio Isac (PSDB) e Tales Barreto (PTB), que atuam na relatoria da Comissão.

"O Iris é o pai da Delta", justificou o deputado Túlio Isaac. "Foi no governo dele em Goiânia (2005-2010) que a Delta se instalou em Goiás e ampliou sua participação nas demais prefeituras", afirmou. De acordo com os deputados Túlio Isac e Tales Barreto, a CPI deve investigar os negócios milionários da Delta, que supostamente envolvem as prefeituras em Goiás, a maioria deles com prefeitos vinculados aos PMDB e ao PT.

"Chantagem" - Nesta terça, durante depoimento à CPI, o ex-vereador de Goiânia, Wladimir Garcêz disse que esteve no Palácio das Esmeraldas, com o governador Marconi Perillo, por duas ou três vezes. Porém, garantiu, "jamais levou dinheiro dentro de uma caixa" para ser entregue a Perillo.

Garcêz informou à CPI que recebia salário de R$ 5 mil por mês de Carlinhos Cachoeira. E confirmou ter intermediado o pagamento a Luiz Carlos Bordoni, o jornalista que trabalhou na campanha do governador, que diz ter recebido R$ 40 mil por meio de uma empresa fantasma, a Alberto e Pantoja.

Para aprofundar a investigações, a CPI também convocou para depor na próxima semana o presidente da Delta Construções, Fernando Cavendish. Também convocou o ex-diretor do DNIT, Luiz Antonio Pagot, e o ex-diretor do DNIT em Goiás, Alfredo Soubihe Neto. Ao contrário da CPMI, a CPI da AL de Goiás tem maioria formada por deputados do PSDB e partidos aliados.

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