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Relatório de Humberto Costa será votado no dia 8

Em seu relatório, Costa argumentou que Demóstenes tinha conhecimento das atividades ilícitas do contraventor Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira e pediu abertura de processo disciplinar

13:51 | 03/05/2012
O presidente do Conselho de Ética do Senado, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), confirmou para a próxima terça-feira, dia 8, a votação do relatório apresentado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) com o pedido de abertura de processo disciplinar, por falta de decoro, contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).

 

Ao final da leitura do parecer de Humberto Costa, de 63 páginas, o advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, se disse surpreendido com o relatório. "Fui surpreendido com um relatório em que 80% dele não constam da representação feita pela PSOL. Esse relatório traz coisas que eu desconhecia", disse Kakay, como é conhecido o advogado. Ele pediu mais cinco dias de prazo para apresentação de nova defesa, mas sua solicitação foi negada pelo presidente do Conselho. "Não tenho culpa se a defesa foi por um caminho que não deveria ir. Fui pelo caminho que mostra que há fortes indícios de quebra de decoro parlamentar", afirmou Humberto Costa.

Em seu relatório, Costa argumentou que Demóstenes tinha conhecimento das atividades ilícitas do contraventor Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. Com base em discursos feitos por Demóstenes ao longo dos últimos nove anos, quando assumiu seu primeiro mandato de senador, Costa alegou que o parlamentar goiano "faltou com a verdade" no pronunciamento feito em 6 de março deste ano, quando disse que sempre atuou de forma contrária à legalização dos jogos de azar.

O petista citou a votação de Medida Provisória número 168, que proibia o jogo de bingo e caça níqueis no País, mas acabou derrubada no Senado. Demostenes Torres foi um dos senadores que votaram contra a MP, em maio de 2004. Costa também citou que Demóstenes estava ausente em outra votação, que propunha a criminalização dos jogos de azar.

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