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Ideli contrata consultoria para reagir a denúncias

22:23 | 11/04/2012
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Ideli Salvatti, contratou uma empresa de consultoria, a Entrelinhas Comunicação e Publicidade, para evitar o desgaste de sua imagem e também para reagir, a contento e a hora, aos ataques que considera estar sofrendo nos últimos dias. As denúncias acabaram resultando na convocação da ministra à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para explicar a compra de lanchas-patrulha pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, quando ela estava no comando da pasta.

Ideli conversou com a presidente Dilma Rousseff sobre essas denúncias e sobre a possibilidade de respingos no Planalto, também por causa das notícias das relações de Olavo Noleto, flagrado em um telefonema com Wladimir Garcez, numero dois do esquema de Carlinhos Cachoeira. Por enquanto, o subchefe de assuntos Federativos da SRI continua no cargo, com o aval de Dilma.

A empresa foi contratada por Ideli como pessoa física, e não pela Secretaria de Relações Institucionais. Por isso, o valor é considerado "confidencial" pela empresa, que diz estar auxiliando a ministra a responder às demandas da imprensa, com rapidez, sem atrapalhar os trabalhos da assessoria de imprensa da SRI, que continua atendendo as demandas da secretaria. Desde a sua contratação, na última quinta-feira (5), a Entrelinhas já produziu três notas de esclarecimento à imprensa para Ideli, a última delas no início da tarde de desta quarta-feira, dizendo que a ministra "sempre esteve e se mantém à disposição" para prestar esclarecimentos à comissão do Congresso.

A convocação da ministra Ideli para comparecer à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara foi considerada no Planalto uma vingança de setores da base aliada contra a própria Ideli e contra a presidente Dilma Rousseff. Com o governo sofrendo sérios problemas no Congresso, a ministra Ideli Salvatti está também sofrendo o desgaste de estar no cargo desde junho do ano passado, quase um ano, prazo que os ministros começam a sofrer processo de fritura. Ideli ainda não marcou data para comparecer à comissão, mas pretende ir logo ao Congresso para tentar diminuir a pressão sobre ela.

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