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Comissão de Ética deverá investigar Padilha por ligação a Carlinhos Cachoeira

Padilha teria autorizado o grupo de Carlinhos Cachoeira, a dar sequência a um negócio na área da saúde

18:25 | 24/04/2012
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, poderá ser investigado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República, informou nesta terça, 24, o presidente da comissão e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Sepúlveda Pertence.
Padilha teve o nome citado em uma conversa telefônica em que teria autorizado o grupo do empresário suspeito de comandar esquema de jogos ilegais, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a dar sequência a um negócio na área da saúde.
Pertence afirmou que não haverá pressa na análise da denúncia e que todos os ministros de Estado estão suscetíveis a investigações da comissão.
“Nós nos reunimos e analisamos o que chamamos de conjuntura. É um resumo de tudo que vocês [da imprensa] falaram, julgaram e de todos que vocês condenaram”, disse Pertence.
Parece que [o caso de Padilha] não é questão de homicídio, que tenhamos que tomar uma decisão hoje. É mais uma acusação de possível corrupção. Então, há muito tempo. É passível de abertura de investigação. Todo mundo pode ser investigado”, informou o presidente.
epúlveda Pertence ainda classificou abusiva a quantidade de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça no Brasil. Convidado pela Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para falar sobre as atribuições e o funcionamento da Comissão de Ética, Pertence criticou a atual estrutura da comissão. Segundo ele, o órgão é “um ente de pobreza franciscana”, com orçamento de R$ 600 mil.
Sobre os processos que estão em andamento na comissão, o presidente da comissão informou que a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, já ofereceu esclarecimentos sobre as denúncias de irregularidade no Ministério da Pesca.
Sobre o caso do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, Pertence disse que a comissão pediu informações adicionais, mas que ainda não teve resposta.

Agência Brasil

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