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Após queixas de Dilma, PT já fala em rediscutir CPI

Na avaliação da presidente, uma CPI pode paralisar o Governo

12:05 | 16/04/2012
A presidente Dilma Rousseff (PT) parece que não está vendo com bons olhos a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as relações entre o senador Demóstenes Torrer (sem partido) e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Segundo reportagem do jornal O Globo, a petista teme que a investigação acabe paralisando o Governo. Além disso, ela teria se queixado com ministros e petistas de que o presidente do PT, Rui Falcão, não podia ter saído atirando - e defendendo a criação da CPI - sem consultá-la antes.

Agora, há uma tentativa de segurar a criação da CPI. Com o afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), internado desde o último sábado com insuficiência coronariana, se as assinaturas forem coletadas a tempo, caberá à vice-presidente Marta Suplicy (PT-SP) instalar a comissão amanhã. A preocupação de Dilma com o anunciado descontrole da CPI foi tema da conversa, na sexta-feira, entre ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um dos principais entusiastas da investigação parlamentar sobre os negócios e relações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Já tem gente muito ligado ao Governo admitindo que a CPI pode ser abortada. É o caso do líder do PT no Senado, Walter Pinheiro. A condição para isso é o Supremo Tribunal Federal (STF) concordar em enviar os autos das operações Monte Carlo e Las Vegas, da Polícia Federal, ao Conselho de Ética do Senado. Ao mesmo tempo, ele reconhece que, do ponto de vista político, é muito difícil reverter a criação da CPI.

O senador José Pimentel (PT-CE), como membro do Conselho, requereu novamente os documentos, alegando jurisprudência do caso do ex-senador Luiz Octávio (PMDB-PA), quando o Supremo enviara o inquérito solicitado pelo Senado.
com informações do jornal O Globo

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