Sartori defende ação de entidades contra jornal
O próprio Sartori admitiu a estratégia na sexta-feira, em Ribeirão Preto, onde deu inÃcio ao projeto Administração Participativa. Ele não revelou se ações serão promovidas em um único processo. Na semana passada, ao receber jornalistas em seu gabinete, Sartori declarou, bastante irritado, que "investigar quer dizer suspeita".
Ele não aceita o termo Â?investigaçãoÂ? que, em sua avaliação, implica suspeitas sobre seus pares. "Investigar é indÃcio. Quer dizer que todos somos suspeitos? Estamos sendo indiciados? Vou ser investigado?" Na ocasião, Sartori disse que "a Justiça está conspurcada". "Talvez sejamos todos bandidos", afirmou.
Não é a primeira vez que Sartori ataca a imprensa. O presidente do TJ já havia dito que os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo querem "enxovalhar" o Judiciário.
Nesta segunda, Sartori não se manifestou sobre a decisão de mover ações contra a imprensa. Também não quis falar sobre a portaria 8539/12, por meio da qual mandou pagar auxÃlio-alimentação a todos os juÃzes e desembargadores de São Paulo - ele atendeu a uma solicitação da Associação Paulista de Magistrados, uma das entidades à qual teria solicitado proposição de ação contra a Folha. A Apamagis não se pronunciou sobre as medidas judiciais que poderá tomar. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), maior entidade da toga, também não se manifestou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.