Resolução 72 será o 1º grande teste, diz Eduardo Braga
"A resolução 72 é importantíssima para o Brasil. O País passa por uma pressão de desindustrialização da nossa indústria nacional e não é correto que os corredores de importação, com incentivos dos Estados, não tenham regras claras e travas claras", afirmou o novo líder governista.
Braga, que conversou sobre o assunto com a presidente Dilma Rousseff, disse que tem falado com "franqueza" com o governo sobre a questão da alíquota a ser adotada para o ICMS dos importados. O governo tem defendido uma proposta uniforme de 4% para todos os setores da economia. Ele disse que pode ser necessário adotar alíquotas diferenciadas para os vários setores da economia, como, por exemplo, um porcentual para o setor têxtil e outro para o siderúrgico. Ele sugeriu até a adoção gradual das mudanças da alíquota.
"Há que se estudar todos os segmentos importantes da indústria brasileira para que não criemos um problema de logística e para o PIB", afirmou. Ele disse que o País não alcançará um crescimento econômico de 4,5% a 5% se não for cuidado do que classificou como "ciclo de consumo". Ele disse que o que mais empurrou a elevação do PIB ano passado foi "o aumento do consumo interno". Mesmo assim, ponderou, a indústria não cresceu por causa do produto importado.
Para o novo líder, o governo "tem razão" em uniformizar a alíquota. Mas ele disse que, em seu novo papel, tem que avisar o governo que tem "16 senadores" que representam Estados que serão diretamente envolvidos com a mudança. Braga avalia que, além da Resolução 72, o governo tem outros dois projetos importantes para serem votados até o meio do ano: o Fundo de Previdência Social para os Servidores Públicos (Funpresp), que chegou semana passada ao Senado, e a Lei Geral da Copa, ainda em discussão na Câmara dos Deputados.