O superintendente da Polícia Federal no Rio, delegado Valmir Lemos, anunciou que vai analisar os contratos de prestação de serviços que a unidade tem com a Locanty Soluções. A empresa é uma das quatro envolvidas em denúncia de tentativa de desvios de dinheiro público e fraudes em licitações do Instituto de Pediatria da UFRJ.

De acordo com o Portal da Transparência, do governo federal, a superintendência da PF no Rio pagou R$ 1,2 milhão à Locanty em 2009 e 2010 por serviços de copa e cozinha e limpeza interna e externa. Atualmente, os seguranças e guardas patrimoniais da unidade também são fornecidos pela Locanty.

"A PF é regida pela mesma legislação de outros órgãos federais. Vamos avaliar as condições em que foram feitas essas contratações antes de tomar qualquer atitude", disse o superintendente da PF.

Hoje de manhã, representantes e sócios das empresas envolvidas no esquema de desvios e licitações fraudadas, flagrados em reportagem do Fantástico, da TV Globo, começaram a ser ouvidos na Polícia Federal. Estão previstos cinco depoimentos para hoje, todos de pessoas ligadas à empresa Bella Vista Refeições Industriais.

Amanhã estão previstos os depoimentos de mais sete pessoas das empresas Locanty Soluções e Rufollo Serviços Técnicos e Construções. E na sexta-feira, serão ouvidos representantes da Toesa Service. Os quatro inquéritos abertos para apurar as tentativas de fraudes em licitações do Instituto de Pediatria da UFRJ estão na Delegacia de Combate aos Crimes Financeiros (Delefin) da PF. O responsável pelas investigações será o delegado Antônio Carlos Beaubrun Júnior.