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Alckmin nega fim de conversa com PSD

08:12 | 12/02/2012
A participação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), na celebração de 32 anos do PT, na sexta-feira, não põe fim às conversas entre seu partido e os tucanos, na avaliação feita ontem pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Não (encerra as negociações). Nós queremos um grande arco de aliança para servir à população de São Paulo", afirmou Alckmin.

Kassab tem dito que tanto pode firmar uma aliança com o PSDB, se os tucanos apoiarem o nome do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD) como cabeça de chapa, quanto um acordo em prol do pré-candidato do PT, Fernando Haddad. Na sexta-feira, o prefeito foi a Brasília, subiu ao palco do evento do PT e levou vaia dos militantes.

"Vai acontecer com ele o que aconteceu no PT. Vão vaiar, vão reclamar", prevê o presidente estadual do PSDB, Pedro Tobias, se Kassab participar de um futuro evento dos tucanos. Para o dirigente, o prefeito indicou já ter partido na questão. "Ele quer estar do lado do governo, vai ser ministro, alguma coisa. Mas isso não é problema nosso, é do PT."

Comedido, o presidente municipal do PSDB, Julio Semeghini, reconheceu que um acordo com Kassab está "mais difícil", mas evitou descartá-lo. "Temos uma parceria de longo prazo com o prefeito. O que enfrentamos agora é um problema pontual."

Entre os petistas, a participação de Kassab na festa do partido deixou mais evidente quem está a favor da aliança entre as siglas e quem é refratário à ideia e teme os ruídos que essa união provocaria na campanha. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), considerou positiva a ida do prefeito à festa, apesar das vaias. "Só para lembrar, quando o (vice-presidente) José Alencar foi apresentado ao PT, houve muita vaia. Depois os militantes entenderam a importância dele para nós", comparou. "Ele (Kassab) foi lá como convidado pela direção do PT, não foi de oferecido nem para mandar recado para ninguém." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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