Dez pessoas morreram e dez ficaram feridas. Testemunha diz que atirador, de 17 anos, entrou na escola e começou a disparar, fazendo com que estudantes fugissem em pânico.Um ataque a tiros numa escola em Santa Fé, no estado americano do Texas, deixou dez mortos e dez feridos nesta sexta-feira (18/05). O atirador, de 17 anos, usou armas que seu pai mantinha na casa da família. Testemunhas disseram que o atirador abriu fogo pouco antes das 8h (horário local) numa sala de aula e os alunos fugiram da escola em pânico. Vários estudantes relataram à mídia local terem ouvido múltiplos tiros. "O suspeito planejava cometer suicídio após o ataque, mas ele não teve coragem", afirmou o governador do Texas, Greg Abbott. Na entrevista coletiva, Abbott revelou também que o principal suspeito da tragédia, Dimitris Pagourtzis, é aluno da escola. O jovem atacou seus colegas armado com um fuzil de assalto, uma pistola e vários artefatos explosivos, entre os quais havia coquetéis molotov elaborados por ele mesmo. As autoridades não deram informações sobre os motivos do ataque. O governador confirmou que, além do suspeito, mais uma pessoa foi detida. Ele não deu detalhes sobre as detenções. Abbott anunciou ainda que, na próxima semana, serão iniciadas diferentes mesas de debate para conseguir um pacote de medidas, com o objetivo de evitar que "essas tragédias voltem a se repetir no Texas". Esse foi o segundo ataque a tiros no Texas em menos de um ano. Em novembro, um atirador invadiu uma igreja em Sutherland Springs e matou 26 pessoas. O vice-presidente Mike Pence afirmou que ele e o presidente Donald Trump haviam sido informados sobre o incidente na Escola Santa Fé, próxima a Houston. "Estamos com vocês. Vocês estão nas nossas orações, e eu sei que estão nas orações do povo americano", disse Pence, dirigindo-se a estudantes, familiares, professores e a todos os afetados. "Ataque a tiros em escola no Texas. Primeiros relatos não parecem nada bons. Deus abençoe a todos", escreveu Trump no Twitter. O ataque a tiros é o mais recente de uma série de incidentes semelhantes em escolas dos Estados Unidos. Em fevereiro deste ano, 17 estudantes e funcionários foram mortos numa escola secundária em Parkland, na Flórida. O massacre levou sobreviventes a lançarem uma campanha contra a violência armada. Após o incidente no Texas, os vários sobreviventes do massacre na Flórida expressaram tristeza e indignação nas redes sociais. Muitos criticaram as leis de posse de arma. “Nossas crianças estão sendo mortas e você trata isso como um jogo. Esse é o 22º tiroteio somente neste ano. Faça algo”, escreveu Jaclyn Corin questionando Trump. LF/CN/rtr/ap/afp/efe _______________ A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram

DW Brasil