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França pressiona Rússia por fim da violência na Síria

18:31 | 09/02/2018
Regime sírio intensificou ataques aéreos em Ghouta OrientalMacron pede a Putin que intervenha junto a Assad após intensos bombardeios em redutos rebeldes terem deixado dezenas de mortos. Em telefonema, líderes concordam em cooperar na busca por uma solução para o conflito sírio.O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu nesta sexta-feira (09/02) ao homólogo russo, Vladimir Putin, que faça com que seu aliado sírio Bashar al-Assad acabe com a "insustentável degradação" da situação humanitária em Idlib e Ghouta Oriental. As regiões, controladas por rebeldes, foram alvos de intensos bombardeios nos últimos dias. Em um telefonema, Macron e Putin concordaram em cooperar mais estreitamente na busca por uma solução para a Síria. Segundo um comunicado da presidência francesa, Macron ainda manifestou a Putin sua preocupação com os relatos sobre o suposto uso de armas químicas contra civis pelo regime sírio nas últimas semanas. Damasco nega possuir esse tipo armamento. Em maio de 2017, durante uma visita de Putin a Paris, Macron advertiu que qualquer utilização de armas químicas na Síria desencadearia uma "retaliação imediata" da França. Leia também: O alto preço da sobrevivência política de Assad A profunda transformação do Exército Livre da Síria Sobre o futuro da Síria, Macron sublinhou a Putin que é "indispensável ultrapassar os bloqueios nas negociações de paz e lançar nas próximas semanas um processo político credível", sob respaldo da ONU, para que o país volte a ser estável e unido. Em comunicado, Paris afirmou que os países manterão contato em busca de uma solução sobre a crise na Síria, mas evitou mencionar as reuniões em Sochi, que visam o fim do conflito no país e são coordenadas por Moscou ao lado da Turquia. O Kremlin também confirmou que os presidentes conversaram sobre o processo de paz na Síria. Bombardeios em redutos rebeldes Uma escalada de violência acirrou o conflito na Síria nas últimas semanas. Numa ofensiva do regime sírio, com apoio da Rússia e do Irã, os dois últimos redutos rebeldes no país seguem alvos de intensos bombardeios. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, somente nos últimos quatro dias mais de 230 pessoas morreram em Ghouta Oriental, o principal bastião rebelde próximo a Damasco, e outras 700 ficaram feridas, numa das semanas mais mortais na região desde 2015. Na província de Idlib, um bombardeio nesta sexta-feira deixou 14 mortos, afirmou a organização. O regime sírio insiste em afirmar que seus alvos são apenas militares. Mas dezenas de civis já morreram nesses ataques. Estima-se que 350 mil pessoas vivam na região de Ghouta Oriental. O conflito na Síria também se intensificou no enclave de Afrin, após a intervenção militar da Turquia contra as milícias curdo-sírias Unidades de Proteção do Povo (YPG), que dominam esse território na região fronteiriça. Durante quase oito anos, a guerra na Síria já deixou centenas de milhares de mortos e obrigou 11,5 milhões de pessoas, a metade da população do país, a abandonarem suas casas. CN/efe/afp/rtr/lusa _______________ A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App

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Regime sírio intensificou ataques aéreos em Ghouta OrientalMacron pede a Putin que intervenha junto a Assad após intensos bombardeios em redutos rebeldes terem deixado dezenas de mortos. Em telefonema, líderes concordam em cooperar na busca por uma solução para o conflito sírio.O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu nesta sexta-feira (09/02) ao homólogo russo, Vladimir Putin, que faça com que seu aliado sírio Bashar al-Assad acabe com a "insustentável degradação" da situação humanitária em Idlib e Ghouta Oriental. As regiões, controladas por rebeldes, foram alvos de intensos bombardeios nos últimos dias. Em um telefonema, Macron e Putin concordaram em cooperar mais estreitamente na busca por uma solução para a Síria. Segundo um comunicado da presidência francesa, Macron ainda manifestou a Putin sua preocupação com os relatos sobre o suposto uso de armas químicas contra civis pelo regime sírio nas últimas semanas. Damasco nega possuir esse tipo armamento. Em maio de 2017, durante uma visita de Putin a Paris, Macron advertiu que qualquer utilização de armas químicas na Síria desencadearia uma "retaliação imediata" da França. Leia também: O alto preço da sobrevivência política de Assad A profunda transformação do Exército Livre da Síria Sobre o futuro da Síria, Macron sublinhou a Putin que é "indispensável ultrapassar os bloqueios nas negociações de paz e lançar nas próximas semanas um processo político credível", sob respaldo da ONU, para que o país volte a ser estável e unido. Em comunicado, Paris afirmou que os países manterão contato em busca de uma solução sobre a crise na Síria, mas evitou mencionar as reuniões em Sochi, que visam o fim do conflito no país e são coordenadas por Moscou ao lado da Turquia. O Kremlin também confirmou que os presidentes conversaram sobre o processo de paz na Síria. Bombardeios em redutos rebeldes Uma escalada de violência acirrou o conflito na Síria nas últimas semanas. Numa ofensiva do regime sírio, com apoio da Rússia e do Irã, os dois últimos redutos rebeldes no país seguem alvos de intensos bombardeios. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, somente nos últimos quatro dias mais de 230 pessoas morreram em Ghouta Oriental, o principal bastião rebelde próximo a Damasco, e outras 700 ficaram feridas, numa das semanas mais mortais na região desde 2015. Na província de Idlib, um bombardeio nesta sexta-feira deixou 14 mortos, afirmou a organização. O regime sírio insiste em afirmar que seus alvos são apenas militares. Mas dezenas de civis já morreram nesses ataques. Estima-se que 350 mil pessoas vivam na região de Ghouta Oriental. O conflito na Síria também se intensificou no enclave de Afrin, após a intervenção militar da Turquia contra as milícias curdo-sírias Unidades de Proteção do Povo (YPG), que dominam esse território na região fronteiriça. Durante quase oito anos, a guerra na Síria já deixou centenas de milhares de mortos e obrigou 11,5 milhões de pessoas, a metade da população do país, a abandonarem suas casas. CN/efe/afp/rtr/lusa _______________ A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App

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