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Turquia demite mais de 2.700 funcionários públicos

11:12 | 24/12/2017
Regime de Erdogan justifica destituições por suposta ligação de ex-trabalhadores com terrorismo e atividades que ameaçam a segurança. Autoridades encerram 17 instituições, incluindo associações estudantis.O governo da Turquia ordenou por decreto neste domingo (24/12) a destituição de 2.766 funcionários públicos. A justificativa dada pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, é que essas pessoas têm ligações com organizações terroristas ou mantêm atividades que ameaçam a segurança do Estado. Leia mais: Turquia liberta alemã acusada de propaganda terrorista Além das demissões, as autoridades turcas ordenaram o fechamento de 17 instituições, incluindo associações estudantis e educacionais, dois jornais locais e um centro de saúde cardíaca. Os decretos divulgados no Boletim Oficial do Estado enumeram, entre outros, 637 militares, 392 professores e 245 funcionários do Ministério da Justiça. Os destituídos não podem voltar a ocupar nenhum cargo público e nem posições em empresas de segurança privada. As licenças de armas ou de piloto foram anuladas e os passaportes foram cancelados. Os ex-funcionários também não podem recorrer da decisão na Justiça. Um segundo decreto determina uma diferenciação no uniforme dos presos, incluindo os que cumprem prisão preventiva. Os que vestem cor "amêndoa" são acusados ou condenados por delitos contra a ordem constitucional e os restantes devem se vestir de com uniforme cinza. À espera de julgamento Desde a tentativa de golpe fracassada, em julho de 2016, quando o país entrou em estado de emergência, sucessivos decretos emitidos pelo regime de Erdogan demitiram cerca de 150 mil funcionários dos cargos, além de 20 mil professores que perderam a licença para lecionar. Cerca de 50 mil pessoas estão em prisão preventiva à espera de julgamento por supostos vínculos com o clérigo Fethullah Gülen, que é acusado pelo governo turco de ter orquestrado a tentativa de golpe. Em novembro, a Turquia rechaçou as informações veiculadas pela imprensa americana sobre um suposto plano para sequestrar e levar Güllen de volta ao país com ajuda de pessoas próximas ao governo americano. O clérigo está exilado nos Estados Unidos desde 1999. KG/efe/afp

DW Brasil

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