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Moderado Rohani é reeleito presidente do Irã

08:36 | 20/05/2017
Presidente iraniano, Hassan Rohani: vitória permite continuação de política de aberturaCom a vitória nas urnas, por 57% dos votos, moderado Hassan Rohani continua no cargo por mais quatro anos e poderá prosseguir sua política de abertura internacional do país.O presidente do Irã, o moderado Hassan Rohani, teve sua vitória confirmada neste sábado (20/05), nas eleições presidenciais iranianas, sendo reeleito para um segundo mandato, de quatro anos. Ele conquistou 57% dos votos, segundo os resultados finais. O ministro do Interior, Abdolreza Rahmani Fazli, anunciou em entrevista coletiva, que Rohani obteve mais de 23 milhões de votos, enquanto seu principal rival, o clérigo conservador Ebrahim Raisi, conseguiu mais de 15 milhões, equivalente a 38,5% dos votos. Os outros dois candidatos, os ex-ministros Mostafa Mir-Salim e Mostafa Hashemitaba, obtiveram aproximadamente 478 mil e 245 mil votos, respectivamente. Fazli disse, na sede do Ministério do Interior, que haviam sido apurados 99,7% dos votos, de modo que os resultados são definitivos. Segundo o ministro, a votação teve participação de 73% dos eleitores, já que compareceram às urnas 41,2 milhões dos 56,4 milhões de pessoas aptas a votar. "Hoje é um grande capítulo de honra na história do Irã. O povo iraniano mostrou ao mundo que nós somos defensores da Revolução Islâmica e estamos unidos", afirmou. O ministro também destacou que o povo iraniano protagonizou "uma epopeia com a sua grande participação" e desta forma determinou "o seu destino". A disputa eleitoral ficou dividida entre Rohani e Raisi, sobretudo com a desistência do prefeito de Teerã, Mohammad Bagher Ghalibaf, e se transformou em uma espécie de plebiscito sobre o projeto moderado e abertura do atual presidente. A vitória de Hassan Rohani permitirá ao religioso moderado prosseguir com sua política de abertura ao Ocidente, marcada por um acordo nuclear assinado em julho de 2015 e a consequente recuperação econômica do país, graças à suspensão das sanções internacionais. O governante também insistiu durante a campanha eleitoral na sua defesa dos direitos civis e as liberdades pessoais, que, na sua opinião, corriam perigo, caso conservadores retornassem ao poder. MD/lusa/efe
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