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Colômbia corre contra o tempo em busca de sobreviventes de tragédia

09:14 | 02/04/2017
Enchentes e deslizamento provocados por fortes chuvas devastam cidade de Mocoa, no sul do país, deixando mais de 200 mortos. Comunidade internacional manifesta solidariedade e oferece ajuda ao governo colombiano.O número de mortos em consequência de fortes chuvas, cheias e deslizamento de terra na cidade colombiana de Mocoa, no sul do país, chegou a ao menos 234, além de 202 feridos, segundo balanço divulgado neste domingo (02/04) pela Cruz Vermelha colombiana e noticiado por agências. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, confirmou 207 mortes. A Reuters, por sua vez, informou que o numero de vítimas chegou a 254, citando o Exército. Neste domingo, as equipes de socorro faziam uma corrida contra o tempo para tentar encontrar sobreviventes entre o lodo, as pedras e outros tipos de materiais que a avalanche dos rios deixou por 17 dos 40 bairros de Mocoa. Mais de 1.100 soldados e policiais foram convocados para ajudar nos trabalhos de resgate. As fortes chuvas que atingiram a região ao longo da sexta-feira fizeram com que o rio Mocoa e seus afluentes Sangoyaco e Mulatos transbordassem, provocando uma avalanche de lama que surpreendeu os moradores de Mocoa na madrugada deste sábado, enquanto muitos dormiam. O intenso fluxo de água devastou o que encontrou pelo caminho, arrastando árvores e veículos e destruindo construções. Foi declarado estado de calamidade em Mocoa. Segundo a Cruz Vermelha, mais de 100 pessoas seguem desaparecidas, 300 famílias foram afetadas, e 25 casas, destruídas. Não se descarta que o número de vítimas aumente já que "há muita gente desaparecida", segundo disse Santos, que visitou a cidade. "Toda a capacidade do Estado está voltada para apoiar o trabalho humanitário e de busca e resgate", escreveu o presidente em seu Twitter sobre a tragédia. Reações internacionais O presidente também agradeceu por meio da rede social a governos estrangeiros que enviaram mensagens ao país. Em nota, o Itamaraty manifestou "profundo pesar pelas perdas humanas e materiais provocadas pelas fortes chuvas que têm atingido a região sul da Colômbia". "O Brasil expressa solidariedade às famílias das vítimas, ao governo e ao povo colombiano", diz o texto. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, enviou neste domingo suas condolências a Santos. Ela manifestou comoção e esperança de que a situação se estabilize em breve e de que se possam recuperar os corpos das vítimas e dar refúgio aos sobreviventes. O presidente francês, François Hollande, manifestou solidariedade diante da "tragédia terrível" e afirmou que a França está pronta para responder a todas as demandas de assistência. O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, expressou solidariedade "com o povo irmão colombiano nestes momentos de sofrimento, se colocando à disposição para ajudar. O líder lamentou a perda de vidas humanas e desejou "pronta recuperação aos afetados pela catástrofe". A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, e o comissário do bloco para Ajuda Humanitária e Gestão de Crise, Chrtistos Stylianides, manifestaram por meio de comunicado suas condolências às famílias e amigos das vítimas. "Nossos pensamentos estão com todos os afetados, os socorristas que trabalham em condições difíceis e as autoridades do país", diz o texto. A UE está disposta a fornecer "qualquer assistência necessária neste momento difícil". O papa Francisco se disse "profundamente afetado pela tragédia que atingiu a Colômbia" e afirmou estar rezando por todas as vítimas. Ele agradeceu a todos os que estão trabalhando para prestar auxílio à população atingida. A dimensão da catástrofe em Mocoa é agravada pelo isolamento da região na fronteira com o Equador, de difícil acesso, limitado a via aérea ou estradas precárias. São necessárias várias horas para chegar às cidades mais próximas, Neiva e Pasto. O incidente supera o mais recente desastre natural da Colômbia, o de outro deslizamento que, em 18 de maio de 2015, destruiu a cidade de Salgar, no departamento de Antioquia, deixando mais de 100 mortos. O pior deslizamento de terra da história do país ocorreu em 1985, em Armero, deixando mais de 20 mil mortos. LPF/efe/lusa/dpa/rtr/afp
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