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Instituições judaicas recebem ameaças de bomba nos EUA

08:46 | 28/02/2017
Centros comunitários e escolas em ao menos 13 estados americanos recebem ameaças de bomba, aparentemente falsas, e são esvaziados. Cemitério é profanado na Filadélfia.Centros comunitários e escolas judaicas em ao menos 13 estados dos Estados Unidos receberam ameaças de bomba e tiveram que ser esvaziados nesta segunda-feira (27/02), um dia depois de mais de cem lápides terem sido danificadas num cemitério judeu na cidade da Filadélfia, na Pensilvânia. Instituições judaicas em Alabama, Delaware, Flórida, Indiana, Maryland, Michigan, Nova Jersey, Nova York, Carolina do Norte, Pensilvânia, Rhode Island e Virgínia receberam ameaças de bomba, todas aparentemente falsas, e foram esvaziadas, segundo a associação JCC. Em alguns casos, trata-se da segunda ou terceira ameaça neste ano. Em Mercer Island, Washington, a polícia também registrou uma ameaça de bomba a um centro comunitário. As ameaças ocorreram um dia depois da profanação de um segundo cemitério judaico em uma semana. Lápides do cemitério Mount Carmel, na Filadélfia, foram reviradas e quebradas. Uma semana antes, mais de 150 lápides foram danificadas num cemitério judaico em St. Louis, no Missouri. Num ato de solidariedade, grupos muçulmanos recolheram dezenas de milhares de dólares para ajudar a reparar o cemitério e disseram que parte dos fundos será usada na Pensilvânia. Autoridades locais disseram que estão investigando o caso e ofereceram uma recompensa de 10 mil dólares para quem fornecer informações que levem aos vândalos. O World Jewish Congress (WJC) apelou às autoridades americanas para que tratem esses casos com rigor e afirmou que os incidentes lembram os progroms dos quais os judeus foram vítimas nos anos após a ascensão dos nazistas ao poder. O presidente Donald Trump e autoridades de Israel condenaram a recente onda de ameaças e intimidações. Algumas associações judaicas afirmam que a eleição de Trump deu novo ânimo a grupos antissemitas. Durante a campanha eleitoral, Trump foi apoiado por grupos nacionalistas e de extrema direita, apesar de desaprová-los. Nesta segunda-feira, a Casa Branca afirmou que o presidente condena de forma enfática qualquer ataque ou gesto antissemita. AS/rtr/ap/efe
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