Após recente teste nuclear, órgão da ONU aprova por unanimidade novas medidas punitivas contra Pyongyang. Exportações de carvão e outros produtos são restringidas, numa tentativa de limitar receitas do governo.O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira (30/11), por unanimidade, novas sanções contra a Coreia do Norte, em resposta a seu último teste nuclear e a repetidas violações das resoluções da ONU. As medidas incluem restrições às exportações norte-coreanas de carvão, numa tentativa de limitar as receitas de Pyongyang e, assim, os recursos que o regime pode dedicar a seus programas atômicos e de mísseis balísticos. A resolução é o resultado de mais de meses de negociações entre Estados Unidos e China, que foram iniciadas após o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte no último dia 9 de setembro, o mais potente até o momento. Pyongyang também realizou outro teste em janeiro deste ano, além de ao menos 25 disparos de mísseis balísticos. As novas sanções impõem a partir de janeiro um limite de 400 milhões de dólares, ou 7,5 milhões de toneladas anuais, para as exportações de carvão, o que representa uma redução de 62% em relação a 2015. Segundo vários estudos, atualmente o carvão rende cerca de 1 bilhão de dólares ao ano ao país. As sanções também proíbem as exportações de outros materiais, como cobre e prata, além de outras restrições comerciais. "Mais severas sanções" A resolução também acrescentou vários indivíduos e entidades à "lista negra" da ONU, o que acarreta em proibições de viagens e congelamento de ativos. Trata-se da sexta série de sanções contra a Coreia do Norte desde 2006. As sanções "são as mais severas e as mais completas que o Conselho de Segurança já impôs" e enviam "uma mensagem inequívoca", sublinhou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na abertura da sessão. "O Conselho de Segurança tomou hoje uma ação contundente perante um dos desafios mais duráveis e inquietantes para a paz e a segurança", destacou Ban. Segundo o secretário-geral, a Coreia do Norte deve "mudar de rumo e avançar para o caminho da desnuclearização com um diálogo sincero" com a comunidade internacional. LPF/efe/lusa