Marcha das Mulheres volta a ser realizada em Washington
Os organizadores apresentaram este ano uma solicitação de permissão para participação de até 500 mil pessoas, mas esperava-se que o comparecimento fosse menor. Marchas paralelas foram planejadas em dezenas de cidades dos EUA.
O plano original era que participantes se reunissem no parque National Mall, em Washington. Mas, com a previsão de neve e chuva, e o Serviço Nacional de Parques sem recolher a neve por causa da paralisação parcial do governo, os organizadores mudaram a localização da marcha e a rota para começar no Freedom Plaza, a poucos quarteirões da Casa Branca, e seguir pela avenida Pennsylvania, passando pelo hotel Trump International.
A marcha deste ano também esteve no centro de um debate ideológico. Em novembro, Teresa Shook, uma das fundadoras do movimento, acusou os quatro principais líderes da organização nacional de anti-semitismo. A acusação tinha como alvo duas líderes principais: Linda Sarsour, uma norte-americana de origem palestina que já criticou a política israelense, e Tamika Mallory, que manteve uma associação com o líder da Nação do Islã, Louis Farrakhan.
Shook, uma advogada aposentada do Havaí, foi creditada como a agitadora do movimento, tendo criado um evento no Facebook que se transformou no protesto maciço de 21 de janeiro de 2017. Em um post no Facebook, ela disse que Sarsour e Mallory, juntamente com os outros organizadores Bob Bland e Carmen Perez, afastaram o movimento "de seu verdadeiro curso" e pediu que todos os quatro se afastassem. Os quatro organizadores negaram a acusação, mas Sarsour lamentou publicamente que eles não foram "mais rápidos e mais claros em ajudar as pessoas entender nossos valores".
Apesar dos pedidos de unidade, uma marcha alternativa de mulheres surgiu em protesto e planejava uma caminhada paralela em Nova York no sábado a poucos quarteirões de distância do protesto oficial da Marcha das Mulheres de Nova York. Fonte: Associated Press.
Agência Estado