Pablo Casado é flagrado em escândalo de fraudes em diplomas universitários
A Justiça de Madri investiga o caso de corrupção por obtenção de diploma falso em Direito das Regiões, supostamente obtido pelo líder político em 2009 na Universidade Rey Juan Carlos. O político reconhece que não assistiu às aulas, mas nega corrupção.
O escândalo político é mais um a abalar a credibilidade do PP - e dos políticos em geral - na Espanha, mas não é único na Europa. Há três meses, o atual primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, foi flagrado atribuindo-se em seu CV passagens por universidades estrangeiras de referência nas quais jamais estudou.
Para a legenda conservadora espanhola, as suspeitas sobre Casado caem mal porque o partido tentava superar a série de escândalos de corrupção que levaram à queda de Rajoy, que perdeu em 1º de junho o posto de primeiro-ministro após um voto de desconfiança do Parlamento.
Em posição de destaque depois que venceu as prévias do partido para tornar-se novo líder da oposição conservadora, em 21 de julho, Casado afastou a possibilidade de se demitir.
Ele alega ter documentos da universidade que a própria instituição não teria guardado por se tratar de uma formação realizada há mais de sete anos, prazo no qual o arquivamento não seria mais obrigatório.
"O que foi feito a mim não foi feito a mais ninguém nesse país", argumentou Casado, dizendo-se perseguido pelo escândalo.
Mas, segundo a juíza de instrução do caso Carmen Rodríguez-Medel, há "indícios de crime" de prevaricação administrativa que justificam o julgamento do caso pelo Tribunal Supremo de Madri, o que traz de volta ao PP a sombra de uma nova condenação por corrupção.
No entender da magistrada, Casado foi beneficiado por "um presente acadêmico" em razão de sua "relevância política e institucional".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agência Estado