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Maldivas: presidente diz que está disposto a promover eleições antecipadas

18:00 | 03/02/2018
O presidente das Maldivas, Yameen Abdul Gayoom, disse neste sábado que está disposto a realizar eleições presidenciais antecipadas para permitir que os eleitores decidam quem desejam que lidere o arquipélago do Oceano Índico. A agitação política continua crescendo nas Maldivas depois que o Supremo Tribunal do país ordenou a libertação e novo julgamento de prisioneiros políticos.

Falando publicamente pela primeira vez desde a ordem do Supremo na quinta-feira para libertar políticos que se opõem a ele, incluindo o ex-presidente exilado Mohammed Nasheed, o presidente disse que está aberto a realizar eleições vários meses antes do fim do seu mandato, em novembro. Além de ordenar a libertação dos prisioneiros políticos, o tribunal também reintegrou 12 legisladores que foram expulsos do Parlamento por declarar lealdade à oposição. Quando esses legisladores retornarem, o Partido Progressista, de Yameen, perderá sua maioria no Parlamento de 85 membros.

A abertura do Parlamento ocorreria em 5 de fevereiro e foi adiada indefinidamente, afirmou o legislador da oposição Ahmed Mahloof. Ele apontou que o receio do governo sobre a perda da maioria pode ser o motivo do adiamento. Yameen afirmou que não esperava a decisão do tribunal, mas que as autoridades do Estado terão "muito trabalho para ver como implementar isso". "Estamos trabalhando para garantir que possamos respeitar a ordem do Supremo de uma maneira que não cause dificuldades às pessoas", disse o presidente, em uma manifestação em seu apoio organizada pelo partido.

A decisão do tribunal, que disse que o veredicto dos líderes políticos teve influência política, levou a protestos de opositores, instando o governo a obedecer a ordem da corte e libertá-los. Na sexta-feira e na manhã de sábado, ocorreram manifestações no entorno de uma prisão na capital do país, Malé, onde os políticos estão sendo mantidos, mas a polícia forçou os manifestantes a deixar o local. Eles então se mudaram para outro lugar, porém o segundo protesto também foi dissipado. Os jornalistas foram mantidos longe de ambos os eventos pela polícia. Depois que a decisão do tribunal foi tornada pública, celebrações nas ruas por parte de opositores do governo transformaram-se em confrontos com policiais. Fonte: Associated Press.

Agência Estado

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