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Manifestantes ampliam protesto no Paquistão depois de confrontos com policiais

08:30 | 26/11/2017
Manifestantes paquistaneses voltaram a se reunir neste domingo na capital do Paquistão, Islamabad, em número ainda maior que o registrado no sábado, quando confrontos com a polícia resultaram em seis mortos e mais de 200 de feridos. Eles incendiaram veículos e um posto de guarda localizado perto do local do protesto, mantendo bloqueada uma importante rodovia entre Islamabad e a cidade vizinha de Rawalpindi.

A polícia paquistanesa e membros da força paramilitar se posicionavam nas proximidades do local do protesto, aparentemente em preparação para outra ação de repressão, após as forças de segurança não conseguirem dispersar os adeptos do partido Tehreek-i-Labaik Ya Rasool Allah no sábado. Partidários do mesmo grupo também bloqueavam estradas em cidades como Karachi, Lahore, Multan neste domingo, em solidariedade aos manifestantes de Islamabad.

Há quase de três semanas manifestantes bloqueiam um importante acesso à capital, exigindo a renúncia do ministro de Justiça do país por omitir uma referência ao Profeta Maomé em um projeto de lei. O ministro Zahid Hamid pediu desculpas pela omissão e disse que era um erro que foi posteriormente corrigido. Mas os manifestantes mantiveram o protesto, com a exigência de renúncia. "Deus quer que obtenhamos a vitória e que nos dispersemos com honra", disse o clérigo Mohammad Shahid Chishti.

As forças de segurança não conseguiram dispersar os manifestantes no sábado, quando a polícia avançou com gás lacrimogêneo e cassetetes e prendeu mais de 140 pessoas. Embora o governo paquistanês tenha chamado o exército para ajudar a restaurar a ordem, não estava claro se soldados atuariam neste domingo. A tensão entre o governo e o exército paquistaneses já era elevada antes da tentativa governamental de dispersar os manifestantes.

Emissoras privadas de televisão foram tiradas do ar e o acesso a sites de redes sociais, incluindo Facebook e Twitter, foram bloqueados no sábado e permanecem suspensos neste domingo. A alegação é de que a mídia teria violado a política do governo que proíbe a cobertura ao vivo das operações de segurança.

Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires

Agência Estado

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