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Venezuela: população elege governadores hoje e oposição tem favoritismo

11:30 | 15/10/2017
Cerca de 18 milhões de venezuelanos foram convocados para ir às urnas, hoje, quando serão eleitos os governadores de 23 estados, exceto a capital. A votação começou às 6hs da manhã e se estenderá por 12 horas, com possibilidade de prorrogação caso haja algum eleitor nas filas após o horário de encerramento. A maioria das regiões em que ocorre o pleito está sob o comando do governo há mais de uma década, no entanto, a oposição é vista como favorita nestas eleições.

"Vamos consolidar a paz, em função do caminho de recuperação e prosperidade econômica", disse o presidente Nicolás Maduro durante pronunciamento na rede pública de televisão, no início do dia, ao chamar os venezuelanos para votar. A eleição ocorre no momento em que a economia do país se encontra mergulhada em uma grave crise, que tem motivado duros protestos nos últimos quatro meses. Pelo menos 120 pessoas foram mortas durante conflitos entre manifestantes opositores e chavistas neste período.

Para o líder da oposição, Henrique Capriles, as projeções indicam vitória majoritária dos opositores ao governo mesmo nas "piores condições", pois pouco antes da eleição, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) deslocou 274 centros de votação em que a oposição havia ganho no passado. A movimentação dos centros afetou cerca de 700.000 eleitores. Em resposta, uma das cinco diretoras da CNE, Socorro Hernández, alegou que os deslocamentos foram ocasionados por problemas de infraestrutura e por estarem em zonas de amplos protestos contra o governo.

Analistas estimam que a frustração da população poderia acarretar alto nível de abstenção, entre 40% e 50%, uma porcentagem similar a de outras votações regionais.

A comunidade internacional aposta que as eleições poderiam abrir caminho para uma solução pacífica para a crise, mas especialistas alertam que depois do pleito se intensificará o embate entre oposição e governo. Maduro anunciou, na última sexta-feira (13), que os governadores deverão se subordinar à Assembleia Constituinte, que não é reconhecida pela oposição, um sinal de que virão novas tensões. Fonte: Associated Press

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