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Ex-chefe de campanha de Trump será 1º indiciado em investigação sobre Rússia

10:50 | 30/10/2017
Ex-coordenador da campanha de Donald Trump, Paul Manafort será alvo do primeiro indiciamento na investigação sobre a interferência da Rússia na eleição presidencial americana de 2016. Na manhã desta segunda-feira, ele se entregou ao FBI. Nas próximas horas, é esperada a apresentação da acusação formal pelo investigador especial responsável pelo caso, Robert Mueller.

A suspeita de que a Rússia interferiu na disputa para beneficiar Donald Trump assombra a administração do presidente desde seu início, no dia 20 de janeiro. Manafort se juntou à sua campanha em março do ano passado, com a missão de organizar a convenção do Partido Republicano que consagrou a candidatura de Trump. Em junho, ele foi promovido a coordenador da campanha.

A permanência de Manafort no time republicano se tornou insustentável em agosto, com a revelação de detalhes de serviços que ele prestou ao ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych. Aliado de Vladimir Putin, ele foi derrubado em uma rebelião popular em 2014. Manafort recebeu pagamentos de US$ 12 milhões para atuar como consultor político de Yanukovych.

Durante a convenção republicana, seu grupo atuou para modificar a plataforma do partido e excluir declarações de apoio ao atual governo da Ucrânia, que se opõe a Moscou.

Manafort é investigado sob acusação de lavagem de dinheiro e crimes tributários. Também existe a suspeita de que ele não revelou nos prazos adequados o seu trabalho de lobista em favor de um governo estrangeiro. O ex-coordenador da campanha de Trump criou companhias no Chipre para receber pagamentos de seus clientes na Europa Oriental. Seu sócio, Rick Gates, também será denunciado hoje.

Em uma decisão que contrariou Trump, Mueller foi nomeado pelo Departamento de Justiça como investigador especial para o caso em maio, pouco depois de o presidente demitir o então diretor do FBI, James Comey. Trump nega que tenha havido qualquer conspiração entre sua campanha e a Rússia para influenciar a eleição e atribuiu as acusações a uma tentativa dos democratas de justificar a derrota de Hillary Clinton.

Agência Estado

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