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Turquia e Iraque o petróleo do Curdistão em meio a plebiscito por independência

15:40 | 25/09/2017
O plebiscito de independência do Curdistão iraquiano fez a indústria de petróleo voltar à cena, com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan ameaçando cortar suas exportações de petróleo e o Iraque pedindo por um boicote ao petróleo curdo.

O Curdistão construiu um setor de petróleo independente, desafiando o governo central do Iraque, em Bagdá, que reivindica o controle da receita bruta do país. O resultado é uma indústria que representa 80% da receita do governo regional do Curdistão e que exporta mais de 400 mil barris de petróleo por dia - aproximadamente o mesmo que outros países como Catar e Equador.

Mais da metade da produção da região é exportada por meio de um gasoduto turco, resultado de um acordo controverso com Ancara em 2013, que permitiu que os curdos passassem a companhia petrolífera estatal iraquiana e vendessem petróleo bruto de forma independente. Bagdá há muito se queixou do acordo, mas as companhias de petróleo internacionais agora compram rotineiramente o petróleo curdo e o vendem no exterior.

Um movimento em direção à independência curda poderia alterar a equação para Erdogan, que travou uma batalha com separatistas curdos. Na segunda-feira, o presidente turco ameaçou fechar o gasoduto do Curdistão-Turquia, dizendo que "nós temos a torneira". Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira, após os comentários de Erdogan, aproximando-se dos seus níveis mais altos de 2017, com o óleo tipo Brent cotado a US$ 58.

Os comentários de Erdogan foram feitos após o governo iraquiano pedir que todos os países "tratasse exclusivamente" com Bagdá sobre o petróleo e outros assuntos. Um conselheiro sênior da indústria de petróleo iraquiana disse que o governo buscará ações legais caso os curdos declarem sua independência. Fonte: Dow Jones Newswires.

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