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Ataque de coalizão saudita em hotel deixa vários mortos no Iêmen

10:00 | 23/08/2017
A coalizão liderada pela Arábia Saudita realizou vários ataques aéreos no Iêmen no início da quarta-feira, atingindo um pequeno hotel próximo à capital do país, Sanaa, e matando dezenas de pessoas, entre rebeldes xiitas houthis e civis, de acordo com autoridades iemenitas e testemunhas. Segundo as fontes, estima-se que 60 pessoas tenham morrido no ataque, ocorrido na manhã desta quarta-feira na cidade de Arhab, 35 quilômetros a norte de Sanaa.

O hotel de dois andares no bairro de Qaa al-Qaidhi sofreu graves estragos e corpos ainda eram retirados dos escombros, disseram as testemunhas. Elas também afirmaram que outro ataque aéreo atingiu um posto de controle mantido pelos houthis, a alguns quilômetros do hotel. As fontes pediram anonimato pois não tinham autorização para falar com a imprensa.

O site da emissora Al-Masirah afirmou que 41 pessoas foram mortas em Arhab, apontando que o número de mortos deve subir. Não era possível checar os diferentes números divulgados de vítimas no episódio.

A coalizão liderada pelos sauditas tem mantido uma campanha aérea contra os houthis e as forças leais ao presidente deposto iemenita Ali Abdullah Saleh desde março de 2015, buscando expulsar os rebeldes das terras que eles capturaram, inclusive em Sanaa, e restaurar o governo internacionalmente reconhecido do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi.

Os ataques aéreos, porém, também atingiram alvos civis, como escolas, hospitais e mercados, matando milhares de pessoas. Grupos de direitos humanos acusaram a coalizão de crimes de guerra. Ativistas também pediram que países do Ocidente, entre eles os EUA e o Reino Unido, interrompam o apoio militar à coalizão.

O conflito no Iêmen começou após os houthis chegarem a Sanaa em 2014 e derrubarem o governo de Hadi, forçando-o a partir para a cidade portuária de Áden, no sul do país, e levando o presidente deposto a buscar ajuda militar dos países árabes do Golfo, liderados pela Arábia Saudita. O conflito já matou mais de 10 mil civis, levou 3 milhões a fugirem de suas casas e deixou a empobrecida nação à beira de uma crise de fome. Fonte: Associated Press.

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