China torna mais rígidas regras sobre vendas por parte de acionistas principais
O governo chinês tem um histórico de tentar reduzir as apostas de baixa em seus mercados financeiros, de ações a moedas. Durante o crash da bolsa de 2015, a China impôs temporariamente limitações de venda aos principais acionistas, ou investidores com 5% ou mais de ações de uma companhia listada. No início deste mês, o governo deu orientação para corretoras e fundos para não processar grandes ordens de venda antes de um encontro oficial no "Um cinturão, uma estrada", uma importante iniciativa de política externa e econômica do presidente Xi Jinping.
Uma repressão liderada por Pequim sobre bancos, empresas de valores mobiliários e seguradoras este ano está dando à Comissão Regulatória de Valores Mobiliários uma nova razão para intervir. O índice Shanghai Composite caiu 5% desde o seu recente pico em 11 de abril, com investidores preocupados com o impacto do aperto financeiro. A liderança da China está priorizando a estabilidade em todos os mercados financeiros antes de uma mudança no governo ainda este ano.
O regulador de valores mobiliários já havia anunciado na sexta-feira que planejava revisar regras para conter as vendas por acionistas principais. O anúncio veio depois que o banco central disse que estava ajustando o mecanismo para fixar a correção diária do yuan, um esforço para manter a moeda estável contra o dólar dos EUA. Naquele mesmo dia, analistas disseram que os fundos estatais respaldaram as ações, o que fez com que as blue chips financeiras subissem.
O comunicado do regulador de valores mobiliários divulgado no sábado sugeriu que o órgão poderia usar a discrição dependendo da circunstância. Entre as medidas, o regulador disse que orientará os acionistas para reduzir as participações de forma "racional e ordenada" após a expiração dos períodos de bloqueio. Fonte: Dow Jones Newswires.