O ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn, que serviu ao governo de Donald Trump, revelou que ganhou mais de US$ 1,3 milhão de empresas de tecnologia, grupos políticos e companhias públicas, além de ter feito discursos para empresas russas e lobby para uma companhia de um empresário turco.

As novas divulgações continuam dois arquivamentos: um feito em fevereiro e outro, na última sexta-feira. A divulgação anterior havia omitido pagamentos a Flynn por três discursos que ele fez a empresas russas, enquanto a segunda revelou esses pagamentos. Em resposta a perguntas sobre as diferenças nos dois documentos, o advogado do ex-conselheiro de Trump afirmou que o primeiro arquivamento incluiu as taxas, mas não as especificou. Ele observou, também, que o registro inicial foi um rascunho e não foi passado para funcionários do Comitê de Ética do governo porque Flynn deixou a Casa Branca.

A histórica financeira recente de Flynn, disponibilizada ontem pela Casa Branca, vem em meio a um esforço dele de ganhar imunidade dos membros do Congresso em troca de sua cooperação com uma investigação oficial sobre os contratos entre ele e a Rússia durante a campanha presidencial de Trump, no ano passado.

As divulgações atuais detalham as atividades financeiras e de negócios de Flynn desde 2014 e incluem pagamentos de uma rede de TV russa, apoiada pelo governo de Vladimir Putin, em 2015, além de discursos pagos feitos a outras duas empresas russas. Os laços de Flynn com Moscou foram examinados pela Agência Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) e estão sendo investigados, também, pelos comitês de inteligência da Câmara e do Senado.

Na sexta-feira, a Casa Branca divulgou dezenas de documentos financeiros de funcionários do governo Trump. Fonte: Associated Press.