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Líderes da União Europeia pedem cessar-fogo imediato em Aleppo

18:42 | 15/12/2016
Líderes da União Europeia (UE) exigiram nesta quinta-feira um cessar-fogo imediato em torno da cidade de Aleppo, na Síria, e o estabelecimento de um corredor humanitário, mas não tomaram novas medidas para pressionar o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, ou seus apoiadores russos sobre a crise na Síria.

As discussões desta quinta-feira em Bruxelas voltaram a destacar as fissuras dentro do bloco sobre o conflito. François Fillon, candidato presidencial de centro-direita na França, pediu uma inversão das políticas europeias e minimizou as ações da Rússia na Síria.

Em seu caminho para a reunião dos líderes de quinta-feira, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse que o regime do presidente sírio, Rússia e Irã foram responsáveis pela "tragédia" de Aleppo.

O bloco precisa "condenar firmemente o que está acontecendo na Síria. O presidente Assad e seus apoiadores na Rússia e no Irã são os responsáveis pela tragédia", disse ela.

O secretário de Relações Exteriores dos EUA, Boris Johnson, convocou nesta quinta-feira os embaixadores russos e iranianos para expressar a preocupação do governo britânico pelas ações de seus países em Aleppo.

O presidente francês, François Hollande, pediu a entrega imediata de comida e remédios a Aleppo e disse que deveria haver um corredor humanitário administrado pela ONU para permitir que as pessoas saiam da cidade.

"A condição essencial para tudo isso é um cessar-fogo e é isso que o Conselho Europeu deve exigir: um cessar-fogo e a retirada da população civil", afirmou.

Hollande foi um dos líderes da UE a convidar a prefeita da cidade de Aleppo, Brita Haj Hassan, que esteve em Bruxelas, para discutir a cúpula da UE na quinta-feira.

"O que estamos esperando são ações, ao invés de palavras", disse Hassan durante uma reunião com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

Os líderes da UE deveriam publicar uma declaração alertando que a UE só iria fornecer apoio financeiro para a reconstrução da Síria, uma vez que "uma transição política credível", longe do regime de Assad, "esteja firmemente em curso", acrescentou.

Nas últimas semanas, a UE formou um consenso frágil sobre o conflito. Os ministros de Relações Exteriores acordaram duas rodadas de novas sanções contra as autoridades sírias e o bloco disse na semana passada que vai estabelecer metas adicionais nos próximos dias.

No entanto, os governos da UE recuaram pressionarem o Reino Unido e a França para atacarem as autoridades russas com sanções sobre a crise síria depois que vários países, incluindo a Áustria, Itália e República Checa, se opuseram ao passo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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