PUBLICIDADE
Notícias

Candidato de Trump para assumir Departamento de Estado é próximo de Trump

12:30 | 06/12/2016
O executivo-chefe da Exxon Mobil, Rex Tillerson, que é um dos cotados para assumir o Departamento de Estado na gestão de Donald Trump, é um profissional acostumado com mesas de negociação e tem proximidade com lideranças mundiais como Vladimir Putin, entre outros, um traço que pode ajudar a redefinir os interesses norte-americanos no exterior.

De acordo com pessoas próximas, o fato de ele ser um dos cotados para o cargo mais alto da diplomacia dos EUA, apesar de ter nenhuma experiência no setor público, surpreendeu não apenas a diretoria da petrolífera, mas o próprio Tillerson.

No entanto, amigos do executivo de 64 anos, que se descreve como um conservador firme, afirmaram que ele irá considerar o posto devido ao seu senso patriótico e também porque ele se prepara para aposentar no ano que vem.

Caso seja confirmada, sua indicação traz também potenciais conflitos de interesses, uma vez que ele tem participação equivalente a US$ 151 milhões na Exxon, que explora petróleo e gás em seis dos sete continentes do planeta.

Ainda não se sabe como Tillerson, um forte apoiador do livre comércio, iria se encaixar ideologicamente na gestão republicana, que tem repetidamente criticado acordos comerciais. Pouco se sabe ainda sobre o pensamento do texano sobre temas de política externa. Caso aceite o cargo, ele terá que lidar com possíveis mudanças no acordo nuclear firmado com o Irã em 2015, as sanções ocidentais à Rússia e as disputas com a China, todos temas que Trump utilizou para criar polêmica durante a campanha presidencial do empresário.

Apesar da especulação, pessoas da equipe de transição colocam o nome do executivo da Exxon atrás dos três principais candidatos, Mitt Romney, Rudy Giuliani e David Petraeus .

Amigos e colegas de profissão afirmam que poucos norte-americanos são tão próximos de Putin como Tillerson. Ambos se conheceram durante o governo de Boris Yeltsin na Rússia, quando a Exxon tentava entrar no país.

"Ele interagiu mais com Putin do que provavelmente qualquer outro norte-americano, à exceção de Henry Kissinger", disse John Hamre, ex-vice-secretário de Defesa durante o governo de Bill Clinton e presidente do Center for Strategic and International Studies, um think tank de Washington que tem Tillerson entre seus membros. Fonte: Dow Jones Newswires.

TAGS