Obama pede "correção de rumo" da globalização para evitar nações mais divididas
"Se formos honestos, sabemos que nenhum poder externo será capaz de forças comunidades de diferentes religiões e grupos étnicos a coexistirem por muito tempo", afirmou Obama. "Até que as questões sobre como comunidades coexistem sejam respondidas, as brasas do extremismo continuarão queimando. Incontáveis seres humanos sofrerão".
Numa referência pouco sutil ao candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, Obama disse que "o mundo é muito pequeno para nós simplesmente construirmos um muro e evitarmos que o extremismo afete nossas próprias sociedades".
Ao fazer um diagnóstico sobre as "doenças" do mundo, Obama não deixou de criticar a Rússia. "Num mundo que deixou a era dos impérios para trás, nós vemos a Rússia tentando recuperar uma glória perdida à força", afirmou. As diferenças entre Obama e o presidente russo Vladimir Putin foram intensificadas após as tentativas frustradas das duas forças de resolver a guerra civil da Síria juntas.
O discurso ilustra o pouco progresso que foi feito no sentido de reconciliar os interesses divergentes entre os dois países. Há um ano, Obama usou o mesmo espaço para declarar que o presidente sírio Bashar Assad precisava deixar o poder, enquanto Putin fez um discurso avisando que seria um erro abandonar o ditador. Fonte: Associated Press.