Congresso da Colômbia rejeita projeto de reforma tributária de Petro
O Congresso da Colômbia arquivou nesta terça-feira (9) o novo projeto de reforma tributária de Gustavo Petro, com o qual o presidente buscava arrecadar cerca de US$ 4 bilhões (R$ 22 bilhões) para adicionar ao orçamento nacional de 2026.
O texto incluía mudanças na arrecadação do IVA e aumento de impostos para os mais ricos e para empresas estrangeiras que operam na Colômbia, além da instauração de mecanismos de controle maiores sobre a economia digital.
Uma comissão do Senado rejeitou a terceira proposta tributária do governo por nove votos a quatro, em um contexto de déficit fiscal elevado e de pedidos de órgãos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), por uma redução do gasto estatal.
"Acabamos de derrubar a reforma tributária do governo Petro. Fizemos isso para o país, mas, sobretudo, blindamos o bolso dos colombianos", disse em vídeo publicado no X o senador Mauricio Gómez, do Partido Liberal, membro da comissão econômica que rejeitou o projeto.
Primeiro presidente de esquerda da Colômbia, Petro promoveu desde o começo do seu mandato, em 2022, várias reformas emblemáticas para o sistema tributário, a saúde e o trabalho. Mas, a oito meses de deixar o poder, apenas a trabalhista e a do sistema de pensões se tornaram lei.
No começo deste mês, o presidente disse que uma rejeição da sua nova reforma tributária levaria a um aumento do déficit fiscal, o que poderia ter impacto no desenvolvimento de projetos-chave, como o metrô de Bogotá.
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