Protestos buscam paralisar Israel para exigir trégua após 9 meses de guerra
Várias manifestações convocadas neste domingo (7) em Israel buscam paralisar o país para exigir um acordo de trégua com o movimento islamista Hamas em Gaza que permita o retorno dos reféns sequestrados há nove meses.
Os protestos começaram às 06h29 no horário local para lembrar o início do ataque de 7 de outubro lançado pelos combatentes do Hamas no sul de Israel.
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Os manifestantes bloquearam várias ruas em Tel Aviv pelo segundo dia consecutivo, verificou uma jornalista da AFP.
Muitos carregavam bandeiras israelenses e entoavam palavras de ordem exigindo um acordo para o retorno dos reféns, além de gritos pedindo a renúncia do governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Durante o ataque de 7 de outubro, os milicianos sequestraram 251 pessoas, segundo contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses. O Exército israelense estima que 116 ainda estejam em cativeiro em Gaza, das quais 42 teriam morrido.
"Vamos paralisar o país para dizer ao nosso governo que é inaceitável não chegar a um acordo pelos reféns", declarou à AFP Orly Nativ, uma mulher de 57 anos de Tel Aviv, neste domingo.
Outros manifestantes gritaram em hebraico "Não vamos desistir!", após várias semanas de protestos contra o governo.
O conflito entre Israel e o Hamas eclodiu com o ataque de outubro, quando os milicianos islamistas mataram 1.195 pessoas, a maioria civis, de acordo com um balanço da AFP a partir de dados oficiais.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva no território palestino que já resultou em 38.153 mortes, em sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, território governado pelo Hamas desde 2007.