Irã inicia ataque de drones em direção a Israel
Exército israelita informou que os ataques levarão algumas horas para chegar ao território. Drones seriam retaliação pelo bombardeio do Consulado iraniano
Forças Armadas de Israel informaram neste sábado, 13, que dezenas de drones foram lançados contra o País pelo Irã. As ações seriam uma retaliação pelo bombardeio, atribuído a Israel, do Consulado iraniano, em Damasco, na Síria, no dia 1º de abril. Mídia estatal iraniana confirmou os ataques.
Em comunicado televisionado, o Exército informou que os drones levarão algumas horas para chegar ao território israelense. A estimativa é que ocorra no horário local da madrugada. Enquanto isso, segundo o contra-almirante Daniel Hagari, os militares trabalham para impedir os lançamentos.
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Assine“O Irã lançou drones de seu território em direção ao território do Estado de Israel. Estamos trabalhando em estreita cooperação com os Estados Unidos e nossos parceiros na região para agir contra os lançamentos e interceptá-los”, disse Hagari
Caso alguma ameaça com tempo de chegada mais curto seja identificada, o contra-almirante prometeu voltar com novos avisos. Além disso, ele informou que o serviço de GPS não estará disponível em certas áreas como parte dos preparativos de segurança.
“Pedimos que estejam atentos e sigam as instruções do Comando da Frente Interna. Entendemos essas ameaças e lidamos com elas no passado”, completou.
Ataque seria uma retaliação ao bombardeio no Consulado do Irã
Um ataque a Israel foi prometido pelo Irã como forma de retaliação devido a um bombardeio que aconteceu na Síria, em abril. Na ocasião, o Consulado iraniano foi atacado, em uma ação que matou ao menos 16 pessoas, incluindo dois integrantes do alto escalão militar do Irã.
“Irã tem direito de responder o ataque ao Consulado”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Nasser Kanaani.
Na ocasião, o chanceler da Síria, Faisal Mekdad, também condenou o ataque, que chamou de “terrorista”. "O inimigo israelense lançou ataques aéreos do Golã sírio ocupado, dirigidos contra o edifício do consulado iraniano em Damasco”, completou. Israel se limitou a dizer que "não comenta informações da imprensa estrangeira".
O Exército israelense intensificou as suas operações na região desde o início da guerra em Gaza contra o Hamas, desencadeada segundo a versão deles por uma incursão sangrenta do movimento islamista palestino no sul de Israel, em 7 de outubro.
Tensão com o Irã provocou restrições em Israel
Antes de serem citados no ataque de drones, Israel já anunciava algumas "medidas de segurança". Neste sábado, 13, houve o fechamento das escolas em todo o país e restrições a reuniões públicas por motivos de segurança após ameaças de ataques por parte do Irã.
A partir de domingo, o primeiro dia da semana em Israel, "as atividades educacionais, excursões e saídas" escolares e extracurriculares serão suspensas, afirmou o porta-voz do exército, Daniel Hagari.
O chanceler israelense, Israel Katz, cancelou uma viagem planejada à Áustria e à Hungria com familiares de reféns mantidos em Gaza pelo movimento islamista Hamas desde 7 de outubro.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia garantido pouco antes do início do ataque que Israel estava "preparado para qualquer cenário, tanto em defesa quanto em ataque".
Israel conta com o apoio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O mandatário afirmou na sexta-feira, 12, que esperava represálias do Irã "mais cedo ou mais tarde". A Casa Branca, em comunicado, frisou que estará "com o povo israelense e vai apoiar sua defesa contra os ataques do Irã”.
Além disso, Jordânia e Iraque fecharam seus espaços aéreos, e Israel indicou que faria o mesmo a partir das 21h30min (18h30min de Brasília).