Lula viaja a Egito e Etiópia para reforçar laços com a África
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja na próxima semana para o Egito e a Etiópia para aprofundar a aproximação política e econômica entre o Brasil e o continente africano.
Em sua terceira viagem à África desde que voltou ao poder, em janeiro de 2023, Lula chegará em 14 de fevereiro ao Cairo e no dia seguinte será recebido por seu contraparte egípcio, Abdel Fatah al Sisi.
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Em Adis Abeba, aonde chegará no dia 16, se reunirá com autoridades etíopes, antes de assistir, nos dias 17 e 18, à assembleia anual da União Africana, cúpula de chefes de Estado dos 55 países do continente.
O governo brasileiro busca se concentrar nesta região "pouco explorada economicamente, mas que tem muitos vínculos com o Brasil", disse a jornalistas o secretário para a África e o Oriente Médio do Itamaraty, Carlos Sobral Duarte.
"Oferece muitas oportunidades para as empresas brasileiras", acrescentou.
Egito e Etiópia se incorporaram este ano ao Brics, bloco formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Lula comemorou a ampliação do grupo (que representa 24% do PIB global e 42% da população mundial) como um passo para articular o "Sul Global".
Em seu primeiro ano de mandato, Lula relançou as relações com o continente africano, uma prioridade da política externa brasileira em seus dois primeiros mandatos (2003-2010), que seu antecessor, Jair Bolsonaro (2019-2022), deixou de lado.
"O Brasil vai voltar ao continente africano", disse o presidente brasileiro em agosto, durante um fórum econômico em Angola, no qual prometeu novos investimentos e transferência de tecnologia.
Nesta viagem, Lula também visitou São Tomé e Príncipe e África do Sul, onde participou da cúpula dos Brics. Em julho, o presidente já havia passado por Cabo Verde.
Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe também têm o português como língua oficial.
Segundo Duarte, a participação de Lula na cúpula da União Africana lhe dará a oportunidade de reforçar os objetivos da presidência brasileira do G20: combate à pobreza, sustentabilidade ambiental e reforma da governança mundial.
À margem da assembleia, Lula deve se reunir com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o líder da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, em um momento em que prosseguem os esforços para se chegar a um cessar-fogo entre Israel e o movimento islamista Hamas.
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