Congresso irá vetar pacto migratório nos EUA, segundo líder republicano
O pacto migratório negociado no Senado morrerá quando chegar à Câmara Baixa do Congresso dos Estados Unidos, advertiu, nesta sexta-feira (26), o presidente republicano da Câmara de Representantes, Mike Johnson.
Os republicanos do Congresso exigem uma mudança na política migratória do presidente democrata Joe Biden como condição para aprovar um novo pacote de ajuda à Ucrânia, no momento em que o país se mostra disposto a entrar em seu terceiro ano de luta contra a invasão russa.
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Há quase dois meses, os senadores e altos funcionários do governo tentam entrar em um acordo que seja aceito pela Câmara Baixa.
"Se os rumores sobre o conteúdo do rascunho da proposta estiverem certos, de todas as formas estará morto quando chegar à Câmara", afirmou Johnson em uma carta enviada aos republicanos da Câmara de Representantes.
Johnson é um aliado do ex-presidente Donald Trump, que transformou a crise fronteiriça em um tema central de sua campanha para a indicação republicana com vistas às eleições presidenciais de novembro, nas quais provavelmente enfrentará Biden.
Se Biden quiser que os republicanos o levem a sério, ele deve "demonstrar sua boa-fé tomando medidas imediatas para assegurar" a proteção da "soberania nacional" na fronteira, disse Johnson.
O 'speaker' da Câmara dos Representantes lembrou que as medidas para resolver o que qualifica de "catástrofe fronteiriça" estão incluídas em um projeto de lei do ano passado que dificulta as solicitações de asilo, pede a retomada da construção de um muro na fronteira com o país vizinho e ressuscita os chamados Protocolos de Proteção ao Migrante (conhecidos como "Fique no México" ou MPP).
Essa política introduzida por Trump permite expulsar os migrantes para o México enquanto esperam uma audiência judicial para dar continuidade ao processo migratório.
A chegada em grandes números de migrantes à fronteira entre Estados Unidos e México é o principal calcanhar de Aquiles eleitoral de Biden, candidato à reeleição.
Seu secretário de Segurança Interior, Alejandro Mayorkas, também está sendo alvo dos republicanos, que querem destitui-lo do cargo.
Um comitê da Câmara dos Representantes, onde os conservadores têm uma apertada maioria, considera ter arrecadado provas suficientes para submetê-lo a um processo de impeachment.
Eu sua carta, Johnson alertou que, na semana que vem, retomarão as sessões e "a votação acontecerá o quanto antes".
Essa tentativa de destituição de todos os modos não irá prosperar no Senado, sob controle dos democratas.
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