Apesar de problemas, módulo espacial japonês realizou pouso preciso na Lua

O pequeno módulo espacial japonês SLIM conseguiu realizar um pouso de alta precisão a 55 metros de seu objetivo, fazendo jus ao seu apelido de "Moon Sniper" ("franco-atirador lunar" em tradução literal), anunciou a agência espacial japonesa JAXA nesta quinta-feira (25).

O objetivo era que a sonda se colocasse, no sábado (20), a um raio de 100 metros do local previsto na Lua, uma margem mais estreita face aos vários quilômetros habituais para este tipo de missão.

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"SLIM teve êxito em um pouso de precisão (...) O lugar de alunissagem se confirmou a 55 metros do ponto-alvo", anunciou a Jaxa, que também publicou as primeiras imagens da missão não tripulada.

O diretor do projeto, Shinichiro Sakai, disse à imprensa que o módulo teve problemas com seu motor na descida ao satélite natural da Terra que poderiam ter afetado sua trajetória, impedindo um pouso ainda mais próximo do local definido.

O módulo de pouso lunar Smart Lander for Investigating Moon (SLIM) japonês foi o quinto a conseguir um pouso lunar bem-sucedido após Estados Unidos, a então União Soviética, China e Índia.

No entanto, as comemorações foram afetadas por um problema nas baterias solares da sonda, que não geravam energia. A JAXA então decidiu desligar o módulo com 12% de bateria restante para permitir uma possível recarga quando o ângulo da luz solar mudar.

"Se, no futuro, a luz solar chegar à Lua pelo oeste, acreditamos que seja possível produzir energia", declarou a agência.

Isto poderia ocorrer em apenas uma semana. "Com base nas estimativas atuais, nos preparamos para retomar as operações da sonda em 1º de fevereiro", acrescentou a agência espacial japonesa.

Antes de desligar o artefato, o setor que controla a missão conseguiu baixar dados técnicos e imagens da descida da sonda, bem como da superfície lunar.

Nas imagens publicadas pela agência espacial japonesa nesta quinta-feira, tiradas por este veículo espacial lunar, é possível ver o módulo SLIM intacto na superfície rochosa da Lua.

SLIM deveria pousar em uma cratera, na qual se acredita ser possível acessar o manto da Lua, a camada abaixo da crosta que normalmente é encontrada em grande profundidade.

A Jaxa também quer analisar rochas na região para tentar desvendar o mistério sobre a possível presença de água na Lua, um fator essencial para a eventual construção de bases humanas no astro.

No último sábado, duas sondas se separaram com sucesso do módulo: uma com transmissor e outra projetada para rodar pela superfície lunar e enviar as imagens de volta à Terra.

Este pequeno veículo espacial, um pouco maior do que uma bola de tênis, foi desenvolvido em conjunto com a empresa que criou os brinquedos Transformer.

SLIM é uma das muitas missões lunares lançadas recentemente por governos e empresas privadas, muitas vezes afetadas por problemas técnicos que, por exemplo, forçaram os Estados Unidos a adiar este mês o seu programa Artemis para retornar a este satélite natural da Terra.

As duas missões anteriores do Japão, uma pública e outra privada, fracassaram.

kh-kaf/pbt/dbh/zm/yr

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