China reconhece 'dificuldades' e diz que vai apoiar mercado imobiliário
Os principais líderes do Partido Comunista da China (PCC) reconheceram que sua economia enfrenta "dificuldades" e se comprometeram a apoiar seu setor imobiliário em crise em uma reunião esta semana, informou a imprensa estatal nesta terça-feira (12).
"A China ainda tem que superar algumas dificuldades e desafios para reativar ainda mais a economia", disseram os principais líderes do PCC, incluindo o presidente Xi Jinping, durante uma conferência dedicada à economia do gigante asiático, informou a agência de notícias estatal Xinhua.
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Os líderes se comprometeram também a "responder às necessidades razoáveis de financiamento das empresas imobiliárias", algumas das quais atravessam graves dificuldades.
A reunião anual a portas fechadas das principais autoridades do país acontece em um momento em que a economia chinesa registra uma queda da demanda dos consumidores, um desemprego importante entre os jovens e uma crise de dívida em seu setor imobiliário.
A possível quebra de algumas empresas (Evergrande, Country Garden, entre outras) ameaça o sistema financeiro e também a estabilidade social porque correm o risco de não conseguir entregar apartamentos, já pagos por seus clientes.
Na reunião, as lideranças chinesas decidiram "prioridades para o trabalho econômico em 2024", e Xi fez um discurso, acrescentou a Xinhua.
Citado pela mesma agência, um funcionário presente ao evento afirmou, contudo, que "as condições favoráveis superam os fatores desfavoráveis no desenvolvimento da China".
"E a tendência fundamental da recuperação econômica e as perspectivas positivas de longo prazo não mudaram", acrescentou.
A Moody's rebaixou a previsão de classificação de crédito da China de "estável" para "negativa" na semana passada, citando a dívida do país e a desaceleração do crescimento.