Ucrânia diz que mulher de chefe da inteligência militar foi envenenada
A mulher do chefe da inteligência militar da Ucrânia foi hospitalizada depois de ter sido intoxicada com metais pesados, disse uma autoridade ucraniana na terça-feira, 28. Marianna Budanova, que é casada com o espião militar ucraniano Kyrylo Budanov, está sob tratamento depois de um longo período de doença, segundo a mídia local.
"A informação corresponde à realidade; uma investigação está sob andamento, incluindo inquéritos internos", disse Andriy Yusov, o porta-voz do escritório de Budanov, a diretoria de inteligência do Ministério da Defesa, confirmou em um comunicado. "A vida dela está atualmente fora de perigo, mas a supervisão médica continuará por algum tempo", acrescentou.
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Ukrainska Pravda, um portal de notícias ucraniano, relatou que vários outros funcionários da agência também foram expostos ao envenenamento, mas não apresentaram sintomas. Marianna se mudou para o escritório do seu marido quando a guerra começou. Ela estudou psicologia e anteriormente trabalhou para o prefeito de Kiev Vitali Klitschko.
A imprensa ucraniana Babel também disse que uma investigação está em andamento sobre quem poderia ter como alvo Budanova.
Metais pesados
Envenenamento por metais pesados pode se referir a substâncias como mercúrio ou arsênio. A exposição podem causar sintomas como vômito, febre e falência de órgãos, com risco de vida.
Rússia e Ucrânia têm acusações trocadas sobre assassinatos seletivos de adversários. Várias figuras da oposição política russa, incluindo Alexei Navalny, adoeceram gravemente após aparente envenenamento, alegadamente por um esquadrão de assassinos do Serviço de Segurança Federal Russo, ou FSB.
O serviço de segurança interna da Ucrânia realizou ataques secretos contra figuras-chave dentro da Rússia, incluindo um carro-bomba que matou Daria Dugina, filha do nacionalista russo Alexander Dugin.
Kyrylo Budanov, o marido de Marianna, previu corretamente a invasão em grande escala da Rússia, incluindo planos para capturar Kiev. Desde então, ele teria sobrevivido a pelo menos 10 tentativas de assassinato, incluindo uma tentativa de atentado com carro-bomba.
Não houve comentários imediatos sobre a alegação de envenenamento por parte do governo russo. A mídia e os comentaristas russos analisaram os relatórios ucranianos, com alguns especulando que isso poderia ser parte de lutas internas na Ucrânia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
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