Justiça britânica impede oligarca russo sob sanção de pagar motorista
A Justiça britânica negou nesta quinta-feira (26) ao magnata russo Mikhail Fridman, incluído em uma lista de sanções pela guerra na Ucrânia, uma permissão para ter acesso a seus fundos para manter sua mansão em Londres, ou mesmo pagar um motorista.
O empresário russo-israelense, de 59 anos, cujos ativos no Reino Unido foram congelados, pediu ao Supremo Tribunal de Londres que pudesse fazer pagamentos mensais de 30.000 libras (36.400 dólares) para os custos de manutenção da Athlone House, uma propriedade sua no norte da capital, cujos jardins são inspirados no Palácio de Versalhes.
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O magnata também queria pagar vários funcionários, incluindo um motorista, afirmando que não poderia utilizar o transporte público, devido a riscos para sua segurança.
O juiz Pushpinder Saini rejeitou estas demandas em sua sentença proferida nesta quinta-feira, dando razão ao Tesouro britânico, que havia explicado durante a audiência que queria impedi-lo de continuar a "desfrutar do estilo de vida que tinha antes".
Mikhail Fridman construiu sua fortuna após o fim da URSS e tem um império econômico que vai dos hidrocarbonetos a banco, passando por telecomunicações e distribuição. Os bens do bilionário, alvos de sanções europeias e britânicas, foram congelados no início da guerra na Ucrânia, embora ele afirme que não tem nada a ver com o poder russo.
A sentença desta quinta-feira especifica que deixou o Reino Unido, onde tem autorização de residência desde 2019, para se instalar em Israel e depois na Rússia, mas que pretende regressar.