Familiares pedem que Cruz Vermelha tenha acesso a reféns do Hamas
Familiares de reféns israelenses em poder do movimento islamita palestino Hamas pediram nesta quinta-feira (26) em Madri que se permita à Cruz Vermelha ter acesso a eles para verificar seu estado de saúde e medicá-los.
"Sabemos que a Cruz Vermelha está em Gaza. Portanto, queremos pedir à Cruz Vermelha que vá ver o que acontece com nossas famílias", disse Merav Mor Raviv, uma mulher cujo tio, a mulher dele, assim como a filha e o neto do casal, estão em Gaza como reféns do Hamas.
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Merav Mor Raviv e outros quatro parentes de pessoas sequestradas no ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, conversaram com jornalistas no centro da comunidade judaica de Madri.
"O Hamas não deixa a Cruz Vermelha ver a nossa família. Por isso, precisamos da ajuda de vocês", disse Mayaan Sigal-Koren, cuja mãe está em poder do Hamas.
Segundo dito no começo do ato, familiares de reféns darem seu testemunho em cidades europeias é uma iniciativa da sociedade civil, em cooperação com o Ministério das Relações Exteriores de Israel. Depois de Paris e Madri, haverá atos similares em Bruxelas, Copenhague, Haia, Viena, Berlim e Roma, explicaram.
Naama Weinberg, uma mulher cujo primo, Itai Svicsky, está entre os reféns, pediu "ao governo da Espanha que faça o que puder para falar com os países que possam dialogar com o Hamas" e interceder pelos reféns.
Os familiares não se pronunciaram sobre a gestão da crise pelo governo do premier israelense, Benjamin Netanyahu, nem sobre a possível ofensiva militar terrestre e seu impacto potencial para os reféns. "Não sou eu quem tem que dar ao governo, aos diplomatas ou ao mundo uma solução", respondeu Merav Mor Raviv, ao ser perguntada a respeito.
O ataque executado em 7 de outubro pelo Hamas em solo israelense deixou cerca de 1.400 mortos, segundo autoridades de Israel. Desde então, Israel lança bombardeios sem trégua contra a Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, que teriam deixado cerca de 7.000 mortos, também civis em sua maioria, segundo o movimento islamita.
O Hamas informou nesta quinta-feira que cerca de 50 reféns retidos na Faixa de Gaza morreram em bombardeios israelenses, uma informação que não pôde ser checada com uma fonte independente.
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