Unesco declara memoriais do genocídio de Ruanda como Patrimônio Mundial

Quatro sítios memoriais do genocídio de Ruanda, durante o qual ao menos 800.000 pessoas foram exterminadas, foram inscritos nesta quarta-feira (20) na lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

"Nyamata, Murambi, Gisozi e Bisesero foram inscritos na lista do Patrimônio Mundial da Unesco", indicou a agência da ONU na rede social X (antigo Twitter).

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Os quatro lugares relembram o genocídio cometido em grande parte contra o povo tusti, mas também contra os hutus moderados, entre abril e julho de 1994.

No memorial de Gisozi, na capital Kigali, lugar de descanso final de cerca de 250.000 vítimas, há crânios, fragmentos de ossos, restos de roupas e imagens de cadáveres amontoados.

Os outros três locais foram testemunhos diretos do massacre.

Em Nyamata, a cerca de 40 quilômetros ao sul de Kigali, 50.000 pessoas que buscavam refúgio em uma igreja foram assassinadas em um dia.

Em Murambi, dezenas de milhares de pessoas foram estimuladas a se refugiarem em uma escola, para acabarem executadas em um dos episódios mais sangrentos do genocídio.

Em Bisesero, um "memorial da resistência" prestou homenagem aos tutsis que lutaram, enquanto os extremistas hutus matavam centenas de pessoas nos arredores.

Outro sítio memorial, pouco representado até agora na lista da Unesco, foi inscrito na terça: a ESMA em Buenos Aires, antigo centro de tortura da última ditadura militar argentina (1976-1983).

A agência da ONU também anunciou nesta quarta-feira a inscrição de mais de 130 sítios funerários e de memória da Primeira Guerra Mundial na França e na Bélgica.

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história cultura Bélgica Ruanda Unesco

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