Paquistanês condenado na Holanda por incentivar assassinato de deputado de extrema direita

Um tribunal holandês condenou, nesta segunda-feira (11), um ex-jogador paquistanês de críquete a 12 anos de prisão por incentivar o assassinato do deputado de extrema direita Geert Wilders, hostil ao Islã e uma das figuras políticas mais conhecidas do país.

Khalid Latif, de 37 anos, foi julgado à revelia por ter oferecido 21 mil euros (US$ 22,5 mil, ou R$ 111,8 mil na cotação atual) como recompensa em um vídeo publicado em 2018 na Internet para matar o líder do Partido pela Liberdade (PVV), de extrema direita.

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Segundo o juiz G. Verbeek, as afirmações feitas por Latif não são apenas uma ameaça para o político, mas também alimentam "o risco de limitar, inaceitável, a liberdade de expressão na Holanda".

Naquela época, Wilders organizou um concurso de charges do profeta Maomé, o que provocou grande indignação no mundo muçulmano, em especial no Paquistão.

O processo contra Latif aconteceu em um tribunal sob fortes medidas de segurança nos arredores de Amsterdã, e contou com a presença de Wilders. Nem o acusado, nem um advogado de defesa estiveram presentes.

"É uma boa condenação, mas é uma pena que o acusado não esteja aqui", declarou o político ao deixar o tribunal.

Khalid Latif mora em Karachi, no sul do Paquistão, onde é técnico de um clube local.

jhe-amo/emd/es/zm/tt

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religião justiça Paquistão críquete política HOlanda

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