Lontra-marinha rouba surfistas e leva pranchas nos EUA

A lontra é filha de um animal criado no Aquário da Baía de Monterey. O convívio próximo com os tratadores pode ter influenciado o comportamento peculiar

No mar de Santa Cruz, na Califórnia (EUA), surfistas se tornaram vítimas de um "crime" incomum no mar: o roubo de pranchas. A responsável por esses atos é ainda mais peculiar, uma lontra-marinha fêmea.

Diferentemente do comportamento habitual das lontras-marinhas, que costumam manter distância e demonstrar medo em relação aos humanos, a "Lontra 841", como ficou conhecida, se destaca por sua ousadia. Ela foi avistada arrancando pranchas de surfe de seus donos e dando mordidas vorazes nos objetos.

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A Lontra 841 ela é filha de um animal criado no Aquário da Baía de Monterey. O convívio próximo com os tratadores pode ter influenciado o comportamento destemido.⁠

Após um fim de semana no qual o comportamento da lontra pareceu se tornar ainda mais agressivo, as autoridades responsáveis pela preservação da fauna e flora da região anunciaram, na segunda-feira passada, a decisão de tomar medidas para encerrar os furtos cometidos pela lontra.

"Devido ao risco crescente à segurança do público, uma equipe do Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Califórnia (CFDW, a sigla em inglês) e do Aquário de Monterey Bay, treinada na captura e no manejo de lontras-marinhas, foi enviada para tentar capturar a lontra e reassentá-la", disse uma porta-voz do CFDW em comunicado à imprensa.

As lontras-marinhas sulinas, também conhecidas como lontras-marinhas da Califórnia, são uma espécie ameaçada que habita exclusivamente a costa central do estado norte-americano. No passado, eram encontradas em grande número, ajudando a manter a saúde das florestas de algas kelp ao se alimentarem de ouriços-do-mar.

No entanto, a colonização da costa oeste dos Estados Unidos resultou em uma intensa caça às lontras, levando a espécie quase à extinção. A caça foi proibida em 1911, mas os efeitos desse período ainda são visíveis.

Atualmente, estima-se que restem cerca de 3.000 lontras-marinhas na região. Muitas delas vivem em áreas costeiras frequentadas por surfistas, praticantes de paddleboarding e pessoas em caiaques. 

 

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