Lula encerra 2º dia no Japão com jantar e reunião com Scholz
Jantar oferecido pelo premiê japonês e conversa com chanceler da Alemanha fecham agenda do dia. Neste domingo estão previstas novas reuniões bilaterais. Zelenski pediu encontro com presidente brasileiro.O segundo dia da viagem ao Japão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi encerrado com um jantar oferecido pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, neste sábado (20/05) aos líderes que participam da cúpula do G7. Antes Lula reuniu-se com o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz. Os dois debateram sobre construção de caminhos para a reconstituição da paz na Ucrânia e sobre a agenda ambiental. Eles também acertaram a segunda edição das Consultas Intergovernamentais de Alto Nível Brasil-Alemanha, prevista para 4 de dezembro, em Berlim. As consultas consistem em encontros bianuais entre os chefes de governo dos dois países, acompanhados de membros de alto escalão de seus ministérios. O objetivo é avaliar e promover parcerias, identificar campos para cooperação e aprofundar o diálogo sobre temas da agenda global. Em seu perfil na rede social Twitter, Lula escreveu que foi um prazer reencontrar Scholz. "Já estivemos juntos este ano no Brasil, e agora, no Japão, reafirmamos a retomada das boas relações entre nossos países, com diálogo e cooperação." O encontro com Scholz foi o último de um dia cheio em Hiroshima, onde Lula participa da cúpula do G7, como chefe de governo de um dos oito países convidados. O presidente brasileiro participou de duas reuniões com as lideranças de outros 14 países e da União Europeia, além de ter tido reuniões bilaterais com Kishida; com o presidente da Indonésia, Joko Widodo; com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva; e com o presidente francês, Emmanuel Macron. "Muitos diálogos importantes nessa volta do nosso país a um encontro do G7. Amanhã tem mais!", Lula escreveu no Twitter, ao comentar sobre as reuniões deste sábado. Com Macron, Lula conversou sobre a proteção da Amazônia, a guerra na Ucrânia, cooperação em defesa e ampliação de trocas na área da cultura. Depois do encontro, o presidente francês publicou, em seu perfil no Twitter, um curto texto sobre as relações entre Brasil e França. "Em Paris, em junho; no G20 na Índia, em setembro; e depois no Brasil, no ano que vem; vamos forjar um pacto financeiro contra a pobreza, pelo clima e pela natureza", escreveu Macron, cuja mensagem foi retuitada pelo presidente brasileiro, com uma versão em português para o texto. Pedido de Zelenski Lula chegou ao Japão na sexta-feira. Neste domingo, terceiro dia de viagem ao Japão, estão previstas novas reuniões bilaterais e mais um encontro do G7. A agenda começa às 20h30 deste sábado no horário de Brasília (8h30 de domingo no horário de Hiroshima), com uma visita dos líderes do G7 e países convidados ao Parque Memorial da Paz, um monumento às vítimas do bombardeio nuclear americano à cidade japonesa na Segunda Guerra Mundial. Depois da visita, estão agendados encontros bilaterais com os primeiros-ministros do Canadá, Justin Trudeau, e da Índia, Narendra Modi. Em seguida, ocorre a terceira sessão de trabalho do G7, com o tema "Rumo a um mundo pacífico, estável e próspero". Já na madrugada de domingo (à tarde no Japão), Lula tem encontros com o secretário-geral da ONU, António Guterres; com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh; com o presidente das Ilhas Comores, Azali Assoumani; e com conglomerados empresariais e o banco de financiamento japoneses. Segundo o portal G1, Lula não havia decidido neste sábado se aceitaria o pedido para uma reunião bilateral com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, durante a cúpula do G7. Diplomatas brasileiros disseram que a indecisão se deve à percepção de pressão exercida sobre Brasil e Índia para a adoção de uma postura mais alinhada à narrativa ucraniana sobre a guerra com a Rússia. Lula tem tentado assumir uma posição de neutralidade no conflito. md/as (EBC, ots)
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente