Foragido suspeito de pertencer à máfia calabresa é detido na França
O italiano Edgardo Greco, suposto membro da máfia calabresa 'Ndrangheta e condenado à prisão perpétua, foi preso nesta quinta-feira (2), na França, após passar 16 anos foragido - disse à AFP uma fonte próxima à investigação.
A polícia francesa prendeu Greco, de 63 anos, em Saint-Étienne (centro-leste da França) com base em informações dos "Carabinieri" italianos, no âmbito do projeto de cooperação policial I-Can.
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Greco trabalhava como pizzaiolo em um restaurante de Saint-Étienne, sob o pseudônimo de Paolo Dimitri, identidade de um criminoso italiano, segundo a agência de notícias italiana AGI.
Um mandado de detenção europeu foi emitido contra ele em 2014, pela Procuradoria de Catanzaro (sul de Itália), depois de ter sido condenado à prisão perpétua por dois homicídios cometidos em janeiro de 1991, e por uma tentativa de homicídio, em julho de 1991.
À época, fazia parte do clã Perna-Pranno, o mais importante da cidade de Cosenza, onde morava.
Ele fugiu quando estava sob custódia policial e era considerado "perigoso" pela organização internacional de cooperação policial Interpol.
"É considerado um dos responsáveis pela emboscada de 5 de janeiro de 1991 que custou a vida dos irmãos Stefano e Giuseppe B., que queriam maior autonomia e consideração no ambiente dos clãs de Cosenza", detalha um comunicado dos "Carabinieri" italianos.
As vítimas morreram por golpes desferidos com "barras de ferro numa peixaria (...) Seus corpos desapareceram e nunca reapareceram", segundo a mesma fonte.
Construída em torno de laços familiares e arraigada no tecido econômico da Calábria, a 'Ndrangheta aprendeu a operar e a exercer seu poder e opressão em silêncio, sem cometer grandes crimes de sangue.
Embora a Cosa Nostra seja mais famosa, a máfia da Calábria, uma das regiões mais pobres da Itália, está espalhada pelo mundo, da América Latina à Austrália, por conta do tráfico de drogas.
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